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Dez tendências da Semana de Moda de Nova York

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A Semana de Moda de Nova York terminou nesta quarta-feira (13) com uma explosão de cores e brilho, com mais diversidade, porém com dúvidas sobre o futuro das passarelas.

Antes que a festa mundial da moda volte seu foco para a Europa -nesta sexta-feira (15) começa a Semana de Moda de Londres, seguida por Milão e Paris, estas são as dez principais tendências da temporada em Nova York:

1. O vislumbre de seios (e nádegas)

Vários estilistas se mostraram ousados nessa temporada, apresentando tops muito curtos que deixavam a parte inferior dos seios à mostra, como nas marcas Barragán e Chromat, além de blusas transparentes que não deixavam nada para a imaginação. 

A marca GCDS mostrou até mamilos, e na passarela da Vicky Zang, as jaquetas se abriam para revelar um perfil dos seios. A marca Custo Barcelona teve até um vestido transparente, com pequenos detalhes de renda, que deixava as nádegas à mostra. O mesmo aconteceu nos bodies unissex da Barragán, usados com calças de cintura muito baixa.


2. Cores e flúor

As coleções foram muito coloridas. Muito fúcsia combinado com laranja e vermelho, como na marca Zero+María Cornejo em tons fluorescentes, e na passarela da Tom Ford em tons clássicos. Marc Jacobs optou pelo laranja, o verde e a psicodelia.

Niki Taylor no desfile da Zero + Maria Cornejo em Nova York (EUA)
Niki Taylor no desfile da Zero + Maria Cornejo em Nova York (EUA) - Noam Galai-11.set.2017/Getty Images/AFP

A marca espanhola de alta-costura Delpozo se concentrou nos tons pastéis, com muito azul celeste, rosa e champanhe, combinados com amarelo fluorescente. O amarelo foi também a cor escolhida por Carolina Herrera e Ralph Lauren, em tule com uma jaqueta ciclista preta.


3. Retorno aos 1990

Tom Ford inaugurou a semana com uma volta a seus anos de glória na Gucci, buscando inspiração na década que o fez famoso. Foram muitas calças de cintura baixa, bodies e jaquetas grandes.

A marca italiana GCDS também optou por cinturas baixas e bodies, como a Barragán, enquanto Oscar de la Renta e Victoria Beckham apresentaram jaquetas extragrandes.


Modelo desfila para Victoria Beckham
Modelo desfila para Victoria Beckham - Mary Altaffer-10.set.2017/AP

A top model dos '90 Cindy Crawford passou o posto para a próxima geração, sua filha Kaia Gerber, de 16 anos, que fez sua estreia nas passarelas nos desfiles da Calvin Klein, Alexander Wang e Marc Jacobs.



4. Escocês pequeno

O xadrez de padrão pequeno, fino -inspirado no papel de gráfica, como disse Victoria Beckham em entrevista à AFP- estava por todos os lados. Rosie Assoulin, Public School, Christian Siriano, Monse, Calvin Klein e Rag&Bone usaram a estampa, além da marca da própria Beckham.


5. Listras verticais

Tradicionalmente reservados aos pijamas, o azul foi a cor de preferência para as listras verticais, como nas passarelas da Rosie Assoulin, Zero+Maria Cornejo, Phillip Lim, Sies Marjan, Monse e Jason Wu.


6. Flamenco

Carolina Herrera, Oscar de la Renta, Phillip Lim, Jeremy Scott e Delpozo optaram por babados para um look sensual flertando com o verão.


7. Diversidade

Como uma resposta aos ataques do governo Trump às minorias, o restrito mundo da moda está flexibilizando suas regras de entrada.

Modelos 'plus size' conseguiram chegar às passarelas, como Ashley Graham, que desfilou para Prabal Gurung e Michael Kors. Apareceram também coleções exclusiva de tamanhos grandes das marcas Addition Elle e Chromat.

As modelos mais velhas também tiveram espaço, a mais famosa delas Maye Musk, de 69 anos, mãe do famoso presidente da marca de veículos Tesla, Eliot Musk, que desfilou para Zero+Maria Cornejo, Concept Korea e Project Runway.

A marca Barragán colocou na passarela modelos andróginos, a mais famosa Richie Shazam, que não se define nem homem nem mulher. Richie fez sucesso de saltos altos, top e saia mostrando seus pelos no peito e no abdômen.


8. Política

A insatisfação com Donald Trump se manteve elevada no feudo democrata que é Nova York.

Tory Burch elegeu uma onda de felicidade para escapar de tempos turbulentos. Alice+Olivia mostrou uma modelo em frente a um muro com símbolos feministas, com um convite temático de Mulher Maravilha.

Raf Simons, cujo desfile para Calvin Klein foi o ponto alto da Semana de Moda, meditou sobre o sonho americano transformado em pesadelo. 

Matthew Adams Dolan, estilista que tem Rihanna como fã, imaginou um guarda-roupa "para uma geração inclusiva de celebração" em tempos de "confrontos civis e crescentes divisões políticas".


9. Uma oportunidade

Com Raf Simons se destacando do resto dos estilistas e grandes nomes como Rodarte, Proenza Schouler, Thom Browne e Altuzarra desertando trocando Nova York por Paris, blogueiros, compradores e editores puderam se concentrar em outros desfiles que em outras épocas não chamariam atenção.

Um deles foi a passarela do mexicano Víctor Barragán, jovem promessa de 25 anos, que mostrou sua coleção em um loft cheio de reivenções, com uma visão muito original do que é ser masculino ou feminino, desafiando convenções, modernizando a imagem do "macho latino" e a concepção do corpo feminino.

10. Não à passarela 

Um crescente número de estilistas buscou algo diferente. Ralph Lauren, por exemplo, fez seus desfile na garagem de sua casa, junto aos luxuosos automóveis de corrida.

Jenny Packham, uma das estilistas favoritas de Kate Middleton, ignorou a passarela e optou por uma campanha de foto e vídeo publicada nessa quinta-feira.

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