O ator Pedro Cardoso e sua mulher, a atriz Graziella Moretto, encenam duas peças que têm como ponto em comum o improviso. Enquanto uma é voltada ao público infantil, a outra é para os adultos.

Em “Nem Sim Nem Não”, espetáculo para as crianças, ambos contam uma história sem final. São os pequenos que vão decidir, a cada sessão, os rumos da trama.

​“Nunca fizemos isso, será absolutamente inédito. Na história, uma mulher vai trabalhar em duas casas de famílias diferentes onde os padrões de educação são opostos. A meninada sugere, com base em uma pergunta, o que acontecerá”, diz Cardoso.

Ele conta que a peça não tem cenários elaborados nem música alta. “Eu e Grazi acreditamos em teatro com pouca exuberância. Ela tem tido a habilidade de contar histórias para crianças e vamos levar isso ao palco. Buscamos ter um encontro direto com a criança. Será surpresa para nós como elas vão lidar com tudo.”

Já em “Uãnuêi”, para o público adulto, a história simplesmente não existe. “Só há nós dois e uma sugestão da plateia. É improviso absoluto. Apesar de já termos feito esse espetáculo bastantes vezes, nunca estamos habituados a ele, pois é tudo feito na hora”, revela o ator.

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VIDA DE INSETOS INSPIRA PEÇA

O Centro Cultural Banco do Brasil recebe temporada da peça “Insetos”. Nela, o dramaturgo Jô Bilac faz, em 12 cenas, um paralelo entre a vida de alguns insetos e o comportamento humano.

“As partes aparentemente não têm ligação entre si no início, mas, no fim do espetáculo, o público entende a conexão”, afirma um dos atores, Marcelo Olinto.

Entre os insetos retratados estão o gafanhoto, a borboleta, a barata, a borboleta, o mosquito e o cupim. “É um espetáculo que convida a plateia a refletir sobre como conviver com as diferentes formas de vida e de opinião”, termina Olinto.