George Santos foi drag queen no Brasil, afirma drag queen Eula Rochard
Se confirmada, esta é mais uma omissão no currículo do deputado americano
Desde que foi eleito para a Câmara de Deputados do Congresso dos Estados Unidos, representando um distrito da cidade de Nova York, o republicano George Santos vendo sendo alvo de diversas denúncias. Ele já foi acusado de mentir sobre seu currículo, desviar para o próprio bolso fundos arrecadados para outros fins e até mesmo de estelionato –teria feito compras com cheques sem fundos numa loja de Niterói (RJ).
Agora emergiu mais um aspecto do passado obscuro do parlamentar, que é filho de brasileiros e morou vários anos no Brasil. A drag queen e ativista do movimento LGBTQIAP+ Eula Rochard postou, em seu perfil no Instagram, uma foto dela de 2008, ao lado de uma outra drag, que usava o nome artístico de Kitara Ravache. Esta drag seria encarnada por George Santos.
"Eu com o deputado republicano na parada de Niterói. Como eu havia falado, ele não saía da minha casa. Está aí a prova para quem me chamou de mentirosa", escreveu Eula na postagem.
A foto, impressa num jornal, não é muito nítida, mas Kitara realmente se parece com Santos. Procurada por telefone e Whatsapp, Eula Rochard não respondeu aos contatos da reportagem. A assessoria de George Santos em Washington também foi contatada, e não respondeu.
A repórter Marisa Kabas, do canal de notícias MSNBC, postou no Twitter que conversou com Eula por telefone, com a ajuda de um intérprete. A drag queen teria confirmado a ela que foi muito amiga de George por volta de 2008, que na época era mais conhecido como Anthony.
A suposta revelação de que George Santos foi a drag queen Kitara Ravache está agitando as redes sociais. Muitos internautas destacam que o problema não é o fato de o parlamentar, que é gay assumido, ter sido drag queen, mas sim ele ter mentido. E também por se filiar ao partido Republicano, que tem um longo histórico de posições contra os direitos da comunidade LGBTQIAP+.
Santos tem sido pressionado a renunciar ao cargo de deputado desde que as acusações começaram. Mas seu próprio partido resiste à ideia, para não correr o risco de perder uma cadeira na Câmara. Os republicanos recuperaram a maioria nesta casa do Congresso americano, mas por uma margem pequena: têm apenas oito assentos a mais que os Democratas.
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