A irresistível ascensão de Phoebe Waller-Bridge
Criadora de séries como 'Fleabag' e 'Killing Eve', atriz e roteirista veio para ficar
Aos 34 anos de idade (completados no próximo dia 14 de julho) e com apenas dez anos de carreira, a britânica Phoebe Waller-Bridge está prestes a dominar o mundo do entretenimento.
OK, eu exagero. Na verdade, estou imitando as reações melodramáticas de sua personagem em “Fleabag” –a ótima série que Waller-Bridge criou e protagonizou, cujas duas temporadas estão disponíveis na plataforma Prime Video, da Amazon.
“Phoebe quem?” vai se perguntar o leitor. Calma, não é desdouro nenhum jamais ter ouvido falar da moça. Mas é bom prestar atenção nela: tudo o que Phoebe Waller-Bridge faz é da mais alta qualidade, e ela não para de produzir.
“Fleabag” é seu trabalho mais importante. Baseada em um monólogo teatral escrito e interpretado por ela, a série fala da vida de uma mulher solteira que tem vários namorados, um pequeno café em Londres e uma família algo complicada.
Também carrega uma grande culpa, que tempera com tons trágicos a irreverência com que lida com o cotidiano. É a culpa que faz com que essa moça sem nome se sinta um lixo –o tal do “saco de pulgas” a que se refere o título em inglês.
A primeira temporada de “Fleabag” chegou à Prime Video em 2016, já com prêmios e elogios da crítica. Mas foi só a segunda (e última) temporada, lançada em maio passado, que fez com que o programa se tornasse um fenômeno.
A imprensa especializada é unânime em apontar “Fleabag” como uma das melhores atrações da TV em 2019. Phoebe Waller-Bridge também está nas listas de apostas para o próximo Emmy, quando deverá disputar o troféu de melhor atriz em série cômica com pesos-pesados como Julia Louis-Dreyfus (“Veep”) e Rachel Brosnahan (“A Maravilhosa Sra. Maisel”).
Só isto já seria suficiente para consagrá-la. Mas Waller-Bridge também participa de vários outros projetos importantes, como atriz, roteirista ou ambos.
Sua primeira série de TV foi “Crashing”, escrita e estrelada por ela, cuja única temporada está disponível na Netflix (não confundir com a série americana de mesmo nome exibida pela HBO).
Ela também é a roteirista que adaptou os romances de Luke Jennings para a ultra bem-sucedida “Killing Eve”, a série policial com Sandra Oh e Jodie Comer, que pode ser vista no Brasil na plataforma Globoplay.
Esse trabalho fez com que ela fosse convidada para supervisionar o roteiro do próximo filme de James Bond. Os produtores queriam alguém que soubesse dosar humor e ação, de um ponto de vista feminino.
No momento, Waller-Bridge prepara uma série chamada “Run” para a HBO, prevista para o ano que vem.
Como se não bastasse, ela ainda fez a voz da robô L3-37 em “Han Solo”, o mais recente longa da franquia “Star Wars”.
Phoebe Waller-Bridge não é um nome fácil de memorizar, mas vale a pena fazer o esforço. Ela já é uma das caras do showbiz de 2019. E, ao que tudo indica, vai estar presente em muito do que assistiremos em um futuro próximo. Olho nela.
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