Foi só um aperitivo, mas o 'BBB' parece ter rejuvenescido
O primeiro episódio da temporada do "Big Brother Brasil" nunca é grande coisa. A gente se sente como que chegando a uma festa onde não conhece ninguém. Aí, somos rapidamente apresentados a uma dúzia de estranhos e pronto, acabou. Amanhã tem mais.
Mas a 17ª edição do programa traz muito mais novidade do que apenas novos participantes. A maior de todas é o apresentador: depois de 16 anos à frente do programa, Pedro Bial cedeu o lugar a Tiago Leifert.
A casa mais vigiada do Brasil também está mais colorida, fazendo um arremedo da arquitetura colonial brasileira. Rafael Cortez, vindo do "Vídeo Show", ganhou a ingrata tarefa de tecer comentários engraçadinhos. Há até uma trupe de fantoches, que ainda não disse muito a que veio.
A estreia do "BBB 17" foi praticamente um "soft opening": o termo que designa a abertura informal de um estabelecimento, sem muita fanfarra, meio que só para testar o serviço e as instalações.
Só quatro concorrentes estavam na espaçonave: dois pares de gêmeos. Só um de cada dupla permanecerá na competição, depois do público eleger seus favoritos no próximo domingo (29).
Antônio e Manoel são capixabas, e a diferença entre ambos vai além dos cortes de cabelo: um é o rei das baladas, o outro faz a linha saudável. As gaúchas Emilly e Mayla são praticamente idênticas, tanto no visual quanto na personalidade, e o espectador terá uma certa dificuldade em diferenciá-las.
Foi bom não sermos submetidos àquela avalanche habitual de caras novas, o que só acontecerá no programa desta terça-feira (24), quando 13 outros concorrentes entrarão na disputa. Mas a maior atração desta largada foi mesmo o novo mestre-de-cerimônias.
Tiago Leifert estava relaxado, muito mais à vontade do que no "The Voice" e com o espaço para improvisos que tinha no "Globo Esporte". Não tem aquela ligeira formalidade de Bial, que a manteve mesmo depois de tanto tempo no "BBB". Leifert é quase um "brother": está mais perto da faixa da etária da maioria dos participantes do programa, sem o ar de tiozão de seu antecessor.
O resultado é que o "BBB 17" surgiu renovado. Ainda é o mesmo "BBB" de sempre, mas que passou por um "lifting" e um banho de loja. Parece mais leve, mais jovial, mais desencanado.
Claro que isto é apenas a primeira impressão. A partir desta terça o programa começa para valer, com sua inevitável carga de neuroses e conflitos. O desafio de segurar o interesse do público depois de tantas edições permanece gigantesco, e duvido que mudanças superficiais deem conta do recado.
Mas foi uma boa estreia ou melhor, uma pré-estreia. Amanhã tem mais.
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