"Mulheres Ricas" volta ainda mais engraçado e sem noção
"Eu me considero uma mulher muito bonita. Além de tudo, fina, elegante, delicada, meiga, culta, inteligente. Além do quê, morena, alta, bonita e sensual". É preciso ter muita cara de pau, ou total ausência de "senso de noção", para descrever a si mesma dessa maneira.
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Mas Cozete Gomes foi mais longe. Também disse que está "entre as dez mulheres mais importantes do mundo dos negócios" (de onde? De seu bairro?) e que sua empresa vale 250 milhões de reais. Também admitiu estar solteira. Só faltou ir para a janela e começar a cantar: "Quem casar com a dona Cozetinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?"
E pelo jeito ela nem é a mais destrambelhada da segunda edição de "Mulheres Ricas", que estreou nesta segunda-feira (7) na Band. Logo na sequência, foi ofuscada por Andréa Nóbrega, ex-mulher de Carlos Alberto da Nóbrega e inimiga da concordância verbal. O programa explorou ao máximo as declarações do âncora de "A Praça É Nossa": "quem usa o cartão de crédito do marido para comprar uma bolsa não pode ser considerada rica". Muito menos quem recebe uma pensão de 12 mil reais, acrescentaria eu.
Outro que está incomodado com a presença da esposa no programa é o ex-jogador Luizão. Mas fazer o quê? Mariana Mesquita ("meio perua, meio maloqueira", como ela própria se diz) é uma força da natureza. Sacrificou uma potencial carreira de modelo-e-atriz para viver cercada de luxo, coitada; agora ela quer o brilho dos holofotes a que julga ter direito.
Aí surgiu Aeileen Varejão, de apenas 20 anos e pegada "country". Mais contida que suas colegas, só rendeu momentos divertidos quando abriu a boca para "cantar" (põe aspas nisso). Talvez seja a roda emperrada deste ano, assim como Débora "Sem-Terra" o foi no ano passado. Mas como não amar alguém que acrescentou um "A" a um nome que já é difícil, na ilusão de deixá-lo mais pronunciável?
A busca pela fama é o tema subjacente do "reality show". Para essas mulheres, ser rica não basta: elas querem ser célebres. Não necessariamente amadas, mas reconhecidas, festejadas, convidadas para eventos e campanhas publicitárias.
Da primeira temporada, Val Marchiori e Narcisa Tamborineguy conseguiram fazer esta transição. Ambas estão de volta: Narcisa "full time", Val em preciosas participações especiais.
Não por acaso, as novatas copiam as duas no que podem, inclusive nas alfinetadas. Como Val, três delas têm assistentes gays, no melhor estilo Tereza Cristina. Dois deles, aliás, são tão fisicamente parecidos (negros e carecas) que podem confundir o publico. Ou lançar tendência, é claro.
É como no "BBB", onde os novos candidatos imitam o que deu certo antes. Se bem que espontaneidade nunca foi o forte de "Mulheres Ricas": as situações forçadas continuam, como Cozete convidando Andrea para assistir a um show de Fábio Jr. em sua casa noturna Skyline (da qual poucos paulistanos já ouviram falar).
Mas o programa volta mais afiado, com edição mais ágil e um elenco mais desinibido. E isto porque ainda nem entrou a assustadora Regina Mansur, que promete ser uma rival à altura do veneno de Val Marchiori.
"Mulheres Ricas" é um programa humorístico. Rimos da vaidade e da cafonice delas. E de vez em quando elas riem também, como o turbilhão Narcisa (melhor frase de ontem: "além de malhar, você faz o quê?"). A autoproclamada "Face of Rio" não só ri por último como ri o tempo todo, com ou sem motivo. Badalo é isso aí: o resto é ostentação.
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