Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Outro Canal
Descrição de chapéu Televisão Folhajus

Edir Macedo move ação contra Netflix para ser excluído de documentário sobre possessão

Dono da Record e líder da Igreja Universal diz que produção é sensacionalista; OUTRO LADO: Netflix não comenta caso, mas se defende na Justiça

retrato de edir macedo, que sorri
Bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record: processo movido contra a Netflix - Alan Santos/Divulgação/Presidência da República
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Aracaju

O bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record, entrou em outubro com uma ação na Justiça exigindo que Netflix apague suas imagens do documentário "O Diabo no Tribunal". Procurados, Netflix e Edir Macedo, via Igreja Universal, não comentam o assunto.

A coluna teve acesso a documentos do caso, que está na Justiça de São Paulo. Lançado no ano passado, o documentário trata de um julgamento ocorrido nos Estados Unidos.

Nele, é afirmado que uma "possessão demoníaca" foi usada oficialmente como argumento de defesa em um caso de assassinato, o que não foi aceito pela Justiça local para inocentar a situação.

Edir disse que a produção, "claramente sensacionalista", veiculou por duas vezes sua imagem, em "sessões de libertação", sendo que os fatos narrados no documentário são relativos a denominações religiosas que não têm relação alguma com a Universal.

As imagens, de acordo com o processo, foram captadas em reuniões nos quais fiéis da Universal buscam "se libertar de males espirituais". O bispo Renato Cardoso, cunhado de Edir Macedo e apresentador do programa The Love School, da Record, e que também aparece no filme, é coautor da ação contra a Netflix.

"As imagens pessoais foram incluídas no filme sem a devida autorização no âmbito de um entretenimento claramente sensacionalista e de temática perturbadora, qual seja, uma possessão demoníaca e um posterior assassinato brutal", afirmaram os bispos na ação.

Caso seja impossível tecnicamente excluir as imagens, eles pedem que seus rostos sejam desfocados de modo que espectadores não consigam identificá-los.

Na defesa apresentada à Justiça, a Netflix afirmou que o documentário tem caráter biográfico e informativo e que as imagens dos bispos são utilizadas dentro do contexto geral da obra, a fim de ilustrar o embate de clérigos com fiéis "possuídos".

A empresa de streaming diz no processo que não houve ilícito algum e que a produção não estabelece vínculo algum entre a Igreja Universal e os episódios que cercam o crime.

Por fim, a defesa da empresa americana relatou que os rostos dos bispos não são exibidos de forma clara, não sendo possível identificá-los.

A ação deve ser julgada nas próximas semanas. É a primeira vez que a empresa de streaming recebe processo de um dono de uma empresa de comunicação brasileira.

Outro Canal

Cobre diariamente os bastidores das novelas, do telejornalismo e da mídia esportiva. Tem como titular o jornalista Gabriel Vaquer

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem