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De faixa a coroa
Descrição de chapéu Miss Universo

Mari Brechane: Quem é a brasileira que pode vencer o Miss Universo após 55 anos

Estudante de jornalismo de 19 anos, gaúcha representa o país na grande final, neste sábado (18); ela falou à coluna direto do confinamento, em El Salvador

Maria Eduarda Brechane, Miss Universo Brasil 2023
Maria Eduarda Brechane, Miss Universo Brasil 2023 - Reprodução/Instagram
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São Paulo

Pouco mais de quatro meses depois de vencer a faixa verde e amarela de Miss Universo Brasil, a gaúcha Maria Eduarda Brechane está prestes a mostrar a que veio. Afinal, na noite deste sábado (18) acontece a final do Miss Universo 2023, em El Salvador, onde ela disputa a coroa mundial com outras 84 misses de todo o mundo.

Se vencer, ela quebrará um jejum de 55 anos desde a última vitória brasileira do mundial, com a baiana Martha Vasconcellos, em 1968. Mas, antes disso, sua primeira missão ali é, sem dúvida, classificar o país pelo menos no primeiro corte, de 20 semifinalistas. Isso pois nas duas últimas edições, a capixaba Mia Mamede (2022) e a cearense Teresa Santos (2021) não entraram nesse Top 20 –ou seja, não obtiveram classificação para o Brasil.

É uma responsabilidade grande para a jovem que, mesmo com apenas 19 anos, mostra grande maturidade ao se destacar positivamente no confinamento do concurso, que começou há quase 15 dias.

Mas afinal, quem é Mari Brechane, como ela chegou até este momento e quais são suas impressões sobre a disputa até agora?

"Sou uma mulher de 19 anos que sonhou por toda vida com o Universo e que, com muita batalha conseguiu conquistar pouco a pouco o seu espaço. Hoje represento não apenas os jovens como eu, mas a ideia de que independente da sua idade você pode realizar os seus sonhos e fazer história no seu meio. Nunca se é jovem demais ou velho demais para sonhar alto", conta ela em conversa exclusiva com a coluna, diretamente do confinamento do Miss Universo 2023, em El Salvador.

Leia entrevista completa e saiba mais sobre a miss:

  • DE ONDE É E O QUE FAZ? Natural de Rio Grande, no interior gaúcho, a miss tem ascendência indígenas e europeias, das quais herdou traços físicos. É do signo de áries, adora esportes e diz estar solteira. A modelo é estudante de Jornalismo e desde pequena é apaixonada pelo mundo miss. Uma informação importante para os seus conterrâneos, é que ela torce para o Internacional.
  • MARI COMO MISS: Ela é a 15ª representante do Rio Grande do Sul a vencer o Miss Universo Brasil em 69 edições e se preparou por dois anos para a disputa. Com mais de 130 mil seguidores nas redes sociais, considera que ser Miss Brasil é "como ser uma diplomata, pois carrega consigo as causas e diversidades do país". Sua inspiração é a conterrânea Ieda Maria Vargas, que foi a primeira brasileira a vencer o Miss Universo, em 1963.
  • MADURA AOS 19: Quando questionada sobre sua pouca idade, Mari prontamente rebate dizendo que sua idade não a define. "Sou muito mais que um número, sou uma mulher batalhadora e focada. Não existe tempo certo para correr atrás de um sonho".
  • FILANTROPIA: Ela está envolvida há anos em projetos sociais e pretende continuar trabalhando nessa área como miss. Seu principal objetivo é incentivar a cultura, o esporte e o lazer, pois acredita que essas questões têm um impacto significativo na vida de toda a sociedade. Ela vê a oportunidade de tirar crianças das ruas e inspirá-las a buscar algo novo.
  • VALORES: Ela diz ter uma conexão muito forte com a água, a praia e o mar, e afirma que a natureza tem um papel importante em sua vida.

Como está sendo o confinamento no Miss Universo? Desde o momento que desembarquei em El Salvador, tive o sentimento familiar de estar no lugar certo. Isso tem me guiado ao longo do confinamento neste país lindo, onde fiz grandes amigas e tenho recebido muita força dos fãs. Estou conseguindo levar o meu Brasil para o mundo como sempre sonhei.

Você tem se destacado no confinamento, apesar de não ter chegado como favorita. Como lidou com essa pressão? Semanas antes de vir para o concurso, eu estava pensando em como chegar aqui, já que eu não era uma das favoritas. Então coloquei na frente as certezas que sempre tive de que quero fazer história, quero marcar essa edição e quero ser Miss Universo. Desde então, me sinto com bastante energia.

Fez amizades com as misses? De quais mais se aproximou? As misses com quem estou mais próxima são Angola, Portugal e Espanha. Acho que por eu e a angolana sermos colegas de quarto e por nós quatro estarmos com a mesma supervisora. Também por falarmos todas ou português ou espanhol, acabamos nos tornando grandes amigas aqui dentro.

Como tem sido para você lidar com o assédio dos fãs nas redes sociais? No momento em que decidi ser miss, eu sabia que estaria com a minha vida profissional e pessoal aberta para opiniões de terceiros. Isso é algo que faz parte do trabalho mas, ao mesmo tempo, você precisa ser cada dia mais forte quando se trata de disseminação de ódio nas redes sociais. Muitas pessoas duvidaram do meu potencial ao longo da minha jornada como Miss Universo Brasil e agora estão me apoiando. Hoje venho recebendo um apoio inimaginável do Brasil aqui, e isso me torna mais forte, segura e confiante.

Qual a sua expectativa para a final de sábado? Estou animada. Antes da final muita coisa acontece, pois é um confinamento de 16 dias com diversas entrevistas, muitos compromissos e a etapa preliminar [que acontece nesta quinta, 15]. Mas estou feliz e grata por participar de todos esses desafios. Sonho com isso a minha vida toda, então a sensação de gratidão por estar aqui é o que fala mais alto.

Se vencer, qual será a primeira coisa que vai fazer após terminar a coroação? Vou abraçar meus pais, que são as pessoas que mais me apoiam e que estão sempre ao meu lado. Sou eternamente grata. Sei que se hoje estou aqui, é porque sempre tive uma família que me apoiou e que sonhou junto comigo. E também tive a sorte de, ao longo do caminho, encontrar boas pessoas que também acreditassem em mim.

Você tem algum amuleto da sorte? Tenho um escapulário que minha avó me deu e abençoou. Ele esteve comigo durante o Miss Rio Grande do Sul, o Miss Brasil e agora também no Miss Universo. Além dele, a cor azul sempre esteve presente comigo, e mantenho ela perto para que a luz e as boas energias me acompanhem.

De faixa a coroa

Fábio Luís de Paula é jornalista especializado na cobertura de concursos de beleza, sendo os principais deles o Miss Brasil, Miss Universo, Miss Mundo e Mister Brasil. Formado em jornalismo pelo Mackenzie, passou por Redações da Folha e do UOL, além de assessorias e comunicação corporativa.
Contato ou sugestões, acesse instagram.com/defaixaacoroa e facebook.com/defaixaacoroa

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