Miss Amazonas vence concurso e defenderá país em mundial só para latinas
Parintinense Brenda Beltrão foi coroada Miss Latina Brasil 2022, em Bento Gonçalves (RS)
Parintinense Brenda Beltrão foi coroada Miss Latina Brasil 2022, em Bento Gonçalves (RS)
Após vencer o Miss Latina Brasil 2022, a amazonense Brenda Beltrão, 23, pode considerar a coroa um sonho realizado em longo prazo. Isso porque a modelo, que é natural de Parintins (AM), foi coroada como Miss Amazonas em 2020, mas, por conta da pandemia de Covid-19, precisou esperar dois anos pelo evento presencial. Como isso, ela acumulou três faixas de Miss Latina Amazonas, referentes aos anos de 2020, 2021 e 2022.
"É uma honra muito grande e um sonho realizado poder, hoje, dizer que sou a Miss Latina Brasil. Fui acumulando as faixas desde 2020, enquanto esperava o concurso, ainda com uma pandemia no meio. Não posso dizer que foi fácil, pois não foi, mas sem dúvida foi uma jornada de muito crescimento e aprendizados. No final, valeu muito a espera!", diz a miss à coluna.
Ela conta também que já começou a se preparar para disputar a etapa internacional, o Miss América Latina del Mundo, que está agendado para ser realizado em outubro em Punta Cana (República Dominicana). O Brasil já venceu o concurso em quatro oportunidades, a mais recente em 2013 com a gaúcha Júlia Guerra. Antes dela, foram coroadas as brasileiras Grace Martins (2000), Aline Rezende (1998) e Priscila Furlan (1994).
Apesar de não ser muito popular por aqui, o Miss América Latina del Mundo é um grande certame de beleza, que atrai candidatas de vários países e olhares de todos os cantos do planeta. Como o próprio nome diz, o concurso celebra misses nativas de países da América Latina, além de meninas que tenham ascendência latina e morem em outros países, podendo assim representá-los.
Brenda também carrega bastante cultura latina em sua bagagem, um dos motes do mundial, já que é ex-rainha do folclore do Boi Garantido, um dos dois bois folclóricos que competem anualmente no Festival Folclórico de Parintins.
"Queria tanto esse título, e agora estou focada no mundial. Quero aprimorar não só performance de desfiles, mas também oratória, proficiência na língua espanhola, e conhecimentos culturais sobre nossa querida América Latina", detalha ela.
A amazonense foi coroada no certame nacional no último dia 6 de junho, em evento realizado na cidade de Bento Gonçalves (RS), com 14 candidatas. Na ocasião, a gaúcha Daiara Stein, que foi vice no mundial em 2021, foi quem lhe passou a coroa. Em segundo e terceiro lugares ficaram as misses Rio de Janeiro, Emanuelle Refosco, e Ceará, Kellen Alves. Completaram o grupo de cinco finalistas as representantes de Santa Catarina, Leticia Angelino (4º lugar), e Ilha de Marajó (PA), Alice Gonçalves (5º lugar).
Entraram ainda no top 10 as misses Alter do Chão (PA), Pará, Região Lago de Tucuruí (PA), Região Metropolitana RS e Rio Grande do Sul.
Esse foi o primeiro evento presencial realizado pela nova organização do concurso nacional, que assumiu no começo do ano passado. Segundo Michael Costa, que está à frente da competição ao lado do empresário Luciano Viana e Júlia Guerra, os objetivos traçados quando assumiram o desafio, tem sido atingidos conforme imaginaram.
"Nos comprometemos a modernizar a franquia e a fortalecer a presença nas mídias sociais, e estamos fazendo isso. Trabalhamos num rebranding da franquia no Brasil, fortalecendo a marca a partir da sua estrutura. A franquia Latina já tem tradição forte no Brasil, já que temos misses disputando a coroa mundial desde a década de 1980, quando o concurso foi criado. Assim, queremos posicionar o certame como uma das principais competições de misses brasileiras", explica.
Costa diz ainda que o Miss América Latina del Mundo busca mulheres que sejam muito mais que um rosto e um corpo bonitos. Elas devem, prioritariamente, saiber se comunicar e se expressar com excelência.
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