De faixa a coroa

Miss sósia da Anitta fica em 2ª em concurso temático de café: 'Alto nível'

Duda Valotto, 21, disputou na Colômbia o Reinado Internacional do Café

Miss paranaense Duda Valotto Instagram/duvalotto

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São Paulo

Mais uma vez, a paranaense Maria Eduarda Valotto, 21, deixou sua marca no mundo miss ao conquistar outro resultado positivo. A jovem estudante de medicina fez bonito no tradicional Rainha Internacional do Café, na Colômbia, ao ficar em segundo lugar na concorrida disputa.

"Por conta da tradição desse concurso, eu já sabia que era uma competição de alto nível. Eu só não imaginava que era tão alto! A cada dia eu me encantava, não só pelo concurso em si, mas também por viver essa experiência única", contou ela em conversa com a coluna.

Considerada sósia da cantora Anitta, Maria Eduarda já foi também Miss Brasil CNB Teen 2019 e venceu o seu desafio internacional, o Miss Eco Teen, realizado no Egito. Natural de Cianorte, no Paraná, ela já é considerada uma "miss de carreira", ou seja, ter um currículo recheado de concursos.

Sobre a comparação com a artista, ela explica: "Não consigo dimensionar desde quando me associam à Anitta. Não foi uma nem duas, mas são várias pessoas que falaram isso! O que apontam de mais parecido com ela é o meu olhar e a boca. Fora que eu adoro dançar, então quando estou toda montada, ainda em um look parecido com o dela, acontece ainda mais a comparação", explica.

Na Colômbia, onde a carreira de Anitta já está consolidada, as pessoas na rua falavam sobre isso com a miss. "Nos nossos passeios, muitas vezes tocavam as músicas dela, e era muito engraçado pois olhavam pra mim e apontavam. Eu acho sensacional e muito gostoso, pois a Anitta é maravilhosa, e sou muito fã. É uma mulher muito forte e que tem conquistado muito espaço, adoro quando me associam a ela".

VITÓRIA DA VENEZUELA

A nova onda da variante ômicron do coronavírus também afetou este concurso. As misses Polônia e Japão, por exemplo, tiveram resultado positivo para o vírus e não puderam subir ao palco na grande final. As representantes de Portugal e da Guatemala tiveram que retornar aos seus países durante o confinamento.

Na final, quem levou a coroa da 50ª edição do concurso foi a venezuelana Ismelys Velásquez. Com Maria Eduarda, o grupo de cinco finalistas foi completado ainda com as representantes da Colômbia, Mariana Loaiza (terceiro lugar); El Salvador, Luciana Martínez (quarto lugar); e Estados Unidos, Rebecca Stoughton (quinto lugar).

Para a Miss Brasil, a posição de vice-campeã é um título inesquecível e emocionante. Ela dimensiona o sentimento, quando diz que competiu com meninas mais experientes e maduras que ela, de 27 e 28 anos. No topo disso, revela que teve menos de dois meses para se preparar para a vitória, e tudo deu certo.

"Chegar tão perto desse título sonhado desenvolveu em mim um sentimento de dualidade. Ao mesmo tempo em que eu me sentia muito agraciada, fiquei pensando o que faltou para vencer. Acho que é até um pensamento normal, mas hoje de volta ao Brasil e à minha rotina, entendi que aconteceu como tinha que ser. Toda a jornada da competição me trouxe muito crescimento pessoal, e isso não tem preço! Foi um segundo lugar com gostinho de primeiro!", analisa.

Apesar de ter como prioridade a medicina, Maria Eduarda não pensa ainda em encerrar a carreira de miss. Contudo, não sabe ao certo qual será seu próximo passo. "Eu não penso em parar por aqui, o mundo miss é viciante e eu adoro pensar nas possibilidades que eu posso alcançar através dele. Me abre muitas portas, principalmente para minha atuação como modelo, mas meu foco ainda é meu diploma de medicina", diz.

"Estou indo para o quinto ano de medicina, e vou para o internato nos dois últimos anos. Quero vivenciar toda essa experiência e seguir minha vocação e propósito de vida. O mundo miss vai correr no paralelo, e vou seguir estudando e me preparando para os concursos internacionais. Quando eu estiver consolidada no lado da profissão, e me sentir realmente pronta, quero retornar ao mundo miss com tudo que é preciso para trazer uma faixa internacional", finaliza.

TERCEIRO MAIS ANTIGO

Criado em 1957, o Reinado Internacional do Café tem o objetivo de promover o grão homônimo. A competição acontece anualmente, na cidade colombiana de Manizales, como um dos principais eventos da tradicional Feira de Manizales. Considerado um dos concursos latinos mais relevantes para a formação de uma miss, é uma das três disputas de beleza mais antigas do mundo —as outras duas são o Miss Mundo, lançado em 1951, e o Miss Universo, em 1952.

O Brasil é o país que detém o maior número de títulos até hoje no Rainha do Café, totalizando oito vitórias. Entre os mais recentes, estão o da paraibana Priscilla Durand (2014), da carioca Mariana Notarangelo (2010) e da catarinense Francine Eickemberg (2001).

Passaram ainda pela passarela de Manizales nomes conhecidos das faixas e coroas: em 2016, a mineira Júlia Horta, Miss Brasil Universo 2019; em 1991, a jornalista gaúcha Leila Schuster, Miss Brasil Universo 1993; e, em 1985, a carioca Márcia Gabrielle, Miss Brasil Universo daquele mesmo ano.

De faixa a coroa

Fábio Luís de Paula é jornalista especializado na cobertura de concursos de beleza, sendo os principais deles o Miss Brasil, Miss Universo, Miss Mundo e Mister Brasil. Formado em jornalismo pelo Mackenzie, passou por Redações da Folha e do UOL, além de assessorias e comunicação corporativa.
Contato ou sugestões, acesse instagram.com/defaixaacoroa e facebook.com/defaixaacoroa

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