Nova Rainha Brasileira do Café, paranaense fala em promover cultivo e consumo do produto
Gabriela Cordeiro vai disputar um dos concursos de miss mais antigos
Gabriela Cordeiro vai disputar um dos concursos de miss mais antigos
Considerado um dos concursos latinos mais relevantes para a formação de uma miss, a próxima edição do Rainha Internacional do Café já tem representante brasileira. A paranaense Gabriela Cordeiro, 26, é a nova eleita para o posto, que já contabiliza até agora oito vitórias para o Brasil.
“Eu amo café, bebo o dia inteiro! Meu estado é um grande produtor e, agora que fui coroada, tenho planos de visitar plantações e empresas locais. Quero realmente promover o cultivo e consumo no Brasil, e quem sabe no mundo”, contou a miss, com exclusividade para a coluna.
Gabi se considera bastante sonhadora e pronta para representar o país na disputa, que é uma das três mais antigas do mundo --as outras duas são o Miss Mundo, lançado em 1951, e o Miss Universo, em 1952.
Natural do município paranaense de Almirante Tamandaré, ela é estudante de letras, modelo e empresária. Na sua empresa de doces gourmet, ela inclusive já trabalha no desenvolvimento de uma receita de brigadeiro com um toque de café, a qual pretende apresentar na Colômbia.
Criado em 1957, o Reinado Internacional do Café tem o objetivo de promover o grão homônimo. A competição acontece anualmente, sempre em de janeiro, na cidade colombiana de Manizales, como um dos principais eventos da tradicional Feira de Manizales. Porém, devido à pandemia da Covid-19, o certame foi adiado e não tem data certa, apesar da expectativa de acontecer ainda no primeiro semestre de 2021.
Segundo Henrique Fontes, diretor do CNB (Concurso Nacional de Beleza) e detentor da franquia nacional do Café, eleger as misses neste período de crise sanitária é estratégico. “Não tinha motivo para não anunciarmos a nossa candidata, uma vez que ela está sendo indicada, como geralmente fazemos para esse concurso.”
“A ideia é também deixar a miss pronta para quando liberarem a data e, claro, ganhar vantagem perante os concorrentes despreparados neste ponto”, acrescenta.
O Brasil é o país que detém o maior número de títulos até hoje no Rainha do Café. Entre os mais recentes, estão o da paraibana Priscilla Durand (2014), da carioca Mariana Notarangelo (2010) e da catarinense Francine Eickemberg (2001).
Passaram ainda pela passarela de Manizales nomes conhecidos das faixas e coroas: em 2016, a mineira Júlia Horta, Miss Brasil Universo 2019; em 1991, a jornalista gaúcha Leila Schuster, Miss Brasil Universo 1993; e, em 1985, a carioca Márcia Gabrielle, Miss Brasil Universo daquele mesmo ano.
A atual representa do Brasil, Gabriela Cordeiro, será preparada pelo consultor de misses Paulo Filho. Segundo ele, Gabi vai seguir um cronograma a partir de agora, e tem bastante chance de trazer a coroa de volta ao país.
“A Gabi é uma menina alegre, divertida e muito determinada. Ela tem luz, que é o principal. Agora realizaremos um minucioso trabalho de preparação que envolve desde estudos da competição, levando em conta inclusive marcos históricos do café no Brasil e no mundo”, afirma.
Ao conquista o título de Rainha Brasileira do Café, Gabi conquistou o direito de representar o Brasil na competição internacional, mas também levou para casa uma coroa temática, inspirada na bebida em questão.
O projeto desenvolvido pela designer Amanda Albanez com supervisão de Paulo, utilizou linhas orgânicas e traços modernos para representar vários cachos carregados de café. Cristais âmbar foram as pedras escolhidas para representar a tonalidade dos grãos, e seu brilho representa a riqueza da cultura cafeeira.
A base da peça conta com duas hastes cravejadas, que se unem no centro, remetendo às duas mãos responsáveis pela colheita no cafezal. Para finalizar, as tradicionais asas centrais, feitas de pedras e com o formato em navete, estão ali para simbolizar as duas asas da paz.
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