DF vence Miss Brasil Mundo e candidata trans é homenageada no palco
Advogada Caroline Teixeira vai defender o país no Miss Mundo
Caroline Teixeira, 23, deixou para trás outras 47 candidatas e venceu na noite desta quinta-feira (19) o Miss Brasil Mundo 2021. A advogada brasiliense, que representou o Distrito Federal, vai agora se preparar para a etapa internacional, o Miss Mundo, que será realizado no fim do ano em Porto Rico.
"Estou muito feliz com o título e vou dar meu melhor para abraçar as causas sociais do concurso e impactar vidas", discursou após a final. Ela foi coroada pela mineira Elis Miele, 23, que estava com o reinado vigente há dois anos, sendo um dos mais longevos até o momento.
Ao lado de Caroline, compuseram o grupo de seis finalistas da noite as misses Rio Grande do Sul, Alina Furtado, e Espírito Santo, Gabriela Botelho, respectivamente segunda e terceira colocada. Além delas, chegaram perto do título as misses Piauí, Larissa Barros; Pernambuco, Guilhermina Montarroyos; e Mato Grosso do Sul, Dandara Queiroz.
Quem não teve a mesma sorte foi a goiana Rayka Vieira, 26, primeira mulher transexual da história a disputar um concurso de Miss Brasil, entre todas as franquias do país. Rayka não fez o primeiro corte da peneira, que selecionou 25 meninas, e logo de cara deixou a disputa.
Apesar disso, ela foi homenageada no palco por sua coragem e representatividade, com um depoimento sobre sua experiência na competição. Com isso, levou para casa a faixa simbólica de Miss Personalidade.
COROA NA PANDEMIA
No Miss Brasil Mundo, além das unidades de federação, as misses também podem representar regiões turísticas brasileiras. Isso explica o total de 48 candidatas da edição. Além disso, a modelo Larissa Han representou a comunidade coreana no país, com a faixa de Miss Coreia Brasil.
Com a maior parte das candidatas eleitas há mais de um ano, a disputa foi bastante acirrada. O longo tempo de preparo foi motivado pelos constantes adiamentos do evento, devido à pandemia da Covid-19 --inicialmente estava previsto para o primeiro trimestre de 2020. Com isso, aumentou não só a ansiedade das misses, mas também o nível da competição.
Segundo Marina Fontes, diretora do concurso, todo um protocolo de segurança sanitária foi criado e aplicado. As etapas preliminares foram todas realizadas dentro do hotel Brasília Palace, a portas fechadas, deixando para a noite da final apenas a peneira, já em traje de gala. Dessa maneira, nos bastidores não houve trocas de roupas e nem corre-corre, pois quase todo o line-up exibido já havia sido gravado.
Outro ponto interessante é que, desde 2015, não há desfile em traje de banho no certame. Fazem parte das provas preliminares, valendo pontos classificatórios, a competição top model, desfile moda noite, prova de talentos e de traje típico, bom como entrevista com os jurados. Além disso, todas as misses apresentam projetos sociais dos quais participam ou criaram na etapa “beleza pelo bem”.
O Miss Mundo é um dos principais concursos de beleza do planeta. Comandado pela Miss World Organization, que também realiza o Mister Mundo, ele faz parte do chamado grand slam da beleza, onde estão também o Miss Universo, o Miss Supranational, o Miss Grand International e o Miss International.
Apesar de ter sido lançado em 1951, o Miss Mundo começou a contar com representantes brasileiras apenas em 1958, sendo a pernambucana Sônia Maria Campos a primeira representante do país. A única brasileira a vencer a edição internacional foi a médica carioca Lúcia Petterle, 71, em 1971.
Comentários
Ver todos os comentários