Vacina contra Covid deve provocar maratona de concursos de beleza, dizem missólogos
Miss Universo e Miss Grand devem ter duas edições neste ano
Miss Universo e Miss Grand devem ter duas edições neste ano
O ano de 2020 vai ficar marcado no universo das faixas e coroas pela interrupção de quase 100% dos concursos de beleza por causa da pandemia do novo coronavírus. Após um ano apagado, especialistas ouvidos pela coluna afirmam que 2021 será de recomeço e com tendência a ter uma maratona de eventos.
"O mais importante em 2021 é que todos os concursos internacionais serão realizados. Apesar de não termos todas as datas, o Miss Mundo, o Miss Universo, o Miss Supranational, o Miss Grand International e o Rainha Internacional do Café estão confirmados", diz João Ricardo Camilo Dias, curador do blog Miss Brazil On Board, um dos mais tradicionais do país.
Dias afirma ainda que a maioria dos concursos deve ocorrer do final do primeiro semestre para frente, como o Mister Supranational, concurso masculino, e o Miss Brasil Mundo, que está agendada para agosto. Há a possibilidade, diz o especialista, de ter duas edições do Miss Universo, o que poderia se desdobrar em duas edições do Miss Brasil Universo. "Pode ter uma eleição mais próxima para coroar a menina de 2021, e em dezembro para a miss de 2022, e assim manter a tradição e a sequência."
Para o baiano Roberto Macedo, dono da página “Miss News” e consultor, apresentador e porta-voz do Miss Brasil Universo, os certames também devem passar por alguma reformulação. "Miss Universo, por exemplo, deve ter duas edições neste ano. Uma no primeiro semestre e outra em dezembro, quando o concurso completa 70 anos. Com tudo voltando ao normal, 2021 promete ser um ano realmente de reinvenção dos concursos."
Macedo ressalta a escolha de Júlia Gama como Miss Brasil Universo, e como ela tem se esforçado para representar bem o país. "Seria muito bom se o Miss Universo fosse realizado o mais breve possível, pois não gosto dessa descontinuidade, de ficar uma lacuna de um ano, mesmo que seja por causa de uma pandemia."
Já foi anunciado também que o Miss International deve ser só em dezembro, assim como o tradicional Miss America, que celebra o marco fantástico de cem anos. "Espero que em 2021 esse pesadelo da pandemia acabe, seja com a vacina, seja com a imunidade da humanidade de maneira geral. Pandemia à parte, com tudo voltando ao normal, promete ser um ano de reinvenção dos concursos de beleza, e tenho grandes esperanças de que 2021 seja um ano inesquecível", diz Macedo.
Em consoante com Macedo, Paulo Filho, dono da página "Hora da Miss", afirma que, com o avanço da vacinação em vários países, os concursos devem retomar seu formato presencial com a presença de púbico –já que alguns eventos foram realizados de forma virtual em 2020. "As organizações aprenderam a trabalhar com o digital, e ele estará em sintonia daqui pra frente. O Miss Grand e Miss Universo terão duas edições em 2021, então os fãs que se sentiram carentes dos grandes shows Internacionais em 2020, terão uma variedade para torcer."
O missólogo também concorda que 2021 será um ano de recomeço e cita a eleição da Miss Turismo Internacional, que será no próximo sábado (16), como exemplo. "O concurso será 100% virtual e reúne 31 países. Teremos a primeira miss eleita em 2021 em um dos tradicionais concursos internacionais. A paranaense Carol Vinharski está cotada entre as favoritas à coroa."
"Como um apaixonado pelo mundo miss, senti muita falta do presencial, porém confesso que o digital ganhou meu coração. Aprendi a amar e a ver muitas vantagens neste formato. Ele não substitui o presencial, mas agrega e muito nas competições", diz Filho.
"Em um ano de retomada, uma coroa entre as competições do Grand Slam seria simplesmente incrível para o Brasil. Temos fortes nomes no Miss Grand, Supranational e Universo, e o CNB tem 48 candidatas ao Miss Brasil Mundo, então logo teremos uma forte candidata para o Miss World. No Miss Grand International, a paraibana e modelo Internacional Lala Guedes segue forte entre as favoritas à coroa."
Diretor do CNB (Concurso Nacional de Beleza), Henrique Fontes avalia que "mesmo com a vacina a caminho, a gente ainda não chegou ao ponto da situação estar sob controle". "Fica a curiosidade para saber como vai ser, e vamos aguardar os anúncios nos próximos meses. É a esperança de um ano melhor, com concursos acontecendo, e espero que sejam com segurança total para as candidatas e candidatos."
Fontes afirma que a expectativa para o primeiro semestre é a realização do Miss Grand International, que deve ocorrer em março. "Ele foi confirmado nesta quinta de manhã que será realizado em Bancoc, na Tailândia. Muita gente estava especulando se ia ser em uma província da Tailândia, no Camboja, Indonésia, ou até mesmo Laos... Parece que acharam uma solução para que ocorra em segurança, por causa da quarentena. Isso significa que vai acontecer um concurso internacional, supostamente dentro das normas de segurança, o que não foi possível em 2020."
Para o missólogo, ainda paira dúvidas sobre a logística para a realização dos concursos internacionais. "Vejo o mundo com um percentual muito baixo de vacinação, e no Brasil ainda nem iniciamos. Fico imaginando como seria a logística de um concurso internacional sem vacina. Vamos supor que as pessoas saiam de seus países de origem com exame negativo, mas podem pegar o vírus no avião. É complicado, então, estou curioso sobre qual a solução que esses concursos vão encontrar."
"Minha expectativa é que em agosto, quando for o Miss Brasil Mundo, pelo menos os grupos de risco já tenham sido imunizados, e que no final do ano possam de fato acontecer o Miss Mundo, Miss Universo, Miss e Mister Supranational, que são os principais concursos de beleza do planeta", diz Fontes.
O Miss Universo, por exemplo, está previsto para maio nos Estados Unidos, mas os organizadores estão atrás dessa solução para que as pessoas possam participar do concurso sem a possibilidade de estarem doentes ou transmitirem o vírus. "Em 2020, aprendemos a ter que se reinventar e agora isto vai ser posto à prova de uma forma mais forte. Mesmo com a vacina a caminho, a gente ainda não chegou ao ponto de estarmos todos imunes e a situação estar sob controle, pois na maioria dos países não está. Então fica a curiosidade para saber como vai ser, e vamos aguardar os anúncios nos próximos meses."
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