De faixa a coroa

'Mandei minha mensagem para o mundo', diz Júlia Horta após eliminação no Miss Universo

Durante a final em Atlanta (EUA), apresentador Steve Harvey, 62 faz anúncio errado novamente.

Júlia Horta, Miss Brasil 2019
Júlia Horta, Miss Brasil 2019, em postagens após eliminação no Miss Universo. - Reprodução
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São Paulo

Eliminada no segundo corte do Miss Universo 2019, a mineira Júlia Horta, 25, fez postagens para tranquilizar os fãs logo após a final do concurso. 

“Só queria agradecer todo o carinho de vocês e dizer que meu coração tá tranquilo”, disse no início da madrugada desta segunda (9) em suas redes sociais. “Eu fiz o que vim fazer aqui, mandei minha mensagem para o mundo e espero que ela tenha sensibilizado muita gente”, continuou. 

Considerada favorita por fãs e especialistas em concursos de beleza no mundo todo, a Miss Brasil entrou no grupo das 20 semifinalistas mas não avançou para o Top 10. A vencedora da noite foi a sulafricana Zozibini Tunzi, 25, que leva para seu país a terceira vitória na disputa. Negra e de cabelos curtíssimos, a nova Miss Universo impactou pelo discurso coerente e pela elegância. 

O apresentador da noite foi o comediante americano Steve Harvey, 62. Famoso pelo erro do anúncio da vencedora em 2015, Harvey cometeu um erro novamente ao anunciar a vencedora do traje típico. Ao invés de Malásia, ele chamou Filipinas, mas rapidamente foi corrigido no ar pela participante, que trajava a fantasia no palco. ​

Apesar do resultado, Horta não se disse triste e parabenizou Tunzi. “Meu trabalho só está começando. Isso é um começo para mim, e vocês vão ver muita coisa ainda por aí. Só quero agradecer e parabenizar nossa Miss Universo maravilhosa, eu estou muito feliz por ela”, afirmou.

“Eu fiquei incrivelmente feliz de ouvir respostas tão maravilhosas, mulheres tão empoderadas que eu tive a oportunidade de conhecer nesses dias. Eu já sabia que seria um concurso incrível por tudo que eu tinha conversado com elas em café da manhã, almoço e jantares, mas eu não imaginava que seria tão lindo. Eu acho que esse Miss Universo vai ficar pra história, foi muito forte!”, finalizou no vídeo. 

Favoritismo e previsão de especialistas

Depois de uma campanha muito bem-sucedida, a representante brasileira tornou-se uma das favoritas do concurso. Seu favoritismo foi alcançado com a aposta da miss em intensificar sua presença nas redes sociais. Com facilidade em se comunicar, efetuou exaustivos registros comentados em seu perfil. 

Mesmo assim, especialistas consultados pelo F5 acertaram quando analisaram que uma mulher negra poderia vencer este ano, uma vez que a última negra coroada foi a angolana Leila Lopes, em 2011.

O show aconteceu em Atlanta (EUA) e contou com um total de 90 misses. Tunzi recebeu a coroa das mãos da filipina Catriona Gray, 25, Miss Universo 2018. Em segundo e terceiro lugares ficaram, respectivamente, as misses Porto Rico, Madison Anderson, 24, e México, Sofía Aragón, 25. 

Completaram o top 5 as representantes da Colômbia, Gabriela Tafur Nader, 24, e Tailândia, Paweensuda Drouin, 25. No grupo de dez semifinalistas ficaram ainda as misses Estados Unidos, Peru, Islândia, França e Indonésia.

Edição enxuta e com misses antigas

Entre comentaristas e jurados, participaram da transmissão personalidades do mundo miss, como a japonesa Riyo Mori (Miss Universo 2007), a colombiana Paulina Vega (Miss Universo 2014) e as americana Olivia Culpo (Miss Universo 2012), Cara Mund (Miss America 2018) e Crystle Stewart (Miss EUA 2008).

O Miss Universo é considerado uma das mais importantes competições de beleza do planeta ao lado do Miss Mundo, e celebrou nesta noite sua 68ª edição com um formato desgastado. 

Desde que o presidente americano Donald Trump vendeu os direitos do concurso em 2014, o certame vem tentando com muito afinco ser "pop" e inclusivo. Porém, a organização deve ter percebido que é vital para o evento, e também seu maior desafio, mudar a fama jurássica de propagador da objetificação do corpo feminino. 

Em um formato enxuto, o concurso de 2019 teve apenas dez dias de confinamento e um cronograma de atividades escasso. Apesar da impressão de desleixo, o evento celebrou o retorno da rede latina Telemundo para transmissão da final em espanhol. A parceria foi interrompida após declarações polêmicas de Trump –à época ainda candidato presidencial. 

No Brasil, a transmissão ficou por conta da Band TV (com atraso) apresentado por Renata Fan, Miss Brasil 1999. Além disso, também haviam opções na TV paga e na internet.

De faixa a coroa

Fábio Luís de Paula é jornalista especializado na cobertura de concursos de beleza, sendo os principais deles o Miss Brasil, Miss Universo, Miss Mundo e Mister Brasil. Formado em jornalismo pelo Mackenzie, passou por Redações da Folha e do UOL, além de assessorias e comunicação corporativa.
Contato ou sugestões, acesse instagram.com/defaixaacoroa e facebook.com/defaixaacoroa

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