Sem anistia: Paulo Coelho sugere punição a quem incentiva golpe
Ao defender Gilberto Gil de bolsonaristas, escritor diz que precisamos imitar Argentina no filme '1985'
Ao manifestar sua solidariedade a Gilberto Gil, xingado por um torcedor bolsonarista enquanto se dirigia ao seu lugar no estádio de Lusail para assistir à partida entre Brasil e Sérvia na Copa do Qatar, o escritor Paulo Coelho defendeu que não se dê anistia às pessoas que hoje vêm alimentando atos antidemocráticos para anular a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva.
A remissão a "1985", filme argentino recém-lançado, é em função de a Argentina ter punido os algozes da ditadura militar, na contramão da anistia concedida pelo governo brasileiro aos agentes, de direita ou esquerda, acusados de golpes antidemocráticos entre 1964 e 1979.
Coelho dispensa o antagonismo entre amor e ódio, solicitando apenas que não se repita agora o perdão incondicional dado ao Brasil em 1979.
Na quarta-feira, 23, o cantor e compositor Gilberto Gil foi agredido verbalmente, ao lado de sua esposa, a empresária Flora Gil, por um torcedor bolsonarista nos bastidores do estádio onde jogaria Brasil e Sérvia, no Qatar.
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