Luciano Huck diz que não criaria hoje personagens como Tiazinha e Feiticeira
'Do jeito que a minha geração foi educada, tem pilares que não se sustentam mais', fala
Criador de figuras icônicas dos anos 1990, como Tiazinha (Suzana Alves) e Feiticeira (Joana Prado), ambas erotizadas por seus figurinos de sadomasoquismo e dança do ventre, Luciano Huck disse que não faria hoje nada parecido.
A declaração foi uma provocação de Renata Ceribelli na entrevista exibida neste domingo (29) pelo Fantástico, quando ele disse que "tem coisas que eu aceitava há 20 anos que eu não aceitaria mais hoje".
Ceribelli então lembrou de Tiazinha e Feiticeira. E perguntou se a resistência em criá-las atualmente teria a ver com o "machismo dos anos 90", com o que ele concordou, acrescentando que era "muito ingênuo" na época.
Prestes a completar 50 anos nesta semana, Huck disse que prefere este Luciano ao Luciano dos 40, e o dos 40 em relação ao dos 30, melhor que o Luciano dos 20.
"Antes da Globo, foi um aprendizado, uma descoberta, ainda pós-adolescente. O que me transformou mesmo foram os últimos 20 anos", afirmou, citando justamente o período em que esteve na emissora, à frente do Caldeirão.
Huck disse que começou a sair de sua bolha quando percebeu o ativismo do irmão, Fernando Grostein, cineasta que é gay e defende direitos civis e respeito às causas LGBTQIA+. "Tenho o maior orgulho dele, ele me ensinou tanta coisa", afirmou. "O mundo vai muito além do seu umbigo, e é preciso perceber que o bacana é misturar" as diferenças.
"Do jeito que a minha geração foi educada, tem pilares que não se sustentam mais, graças a Deus", falou.
No domingo (5), Huck estreia à frente do Domingão, um up grade na grade de programação da Globo, graças à saída de Fausto Silva, que estará de volta à Band a partir de janeiro e já vem produzindo um novo programa, com previsão de exibição diária, de segunda a sexta, das 20h30 às 22h30.
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