Não sou mãe de meninas, sou mãe de seres humanos que devem aprender sobre amor
Lembro-me das famosas hashtags #mãedemenino e #mãedemenina; não critico quem as utiliza, mas não as uso para me definir como mãe
Tenho duas meninas lindas, simpáticas e inteligentes. A frase é emprestada de Renê, meu companheiro e pai delas, para dizer que adoro ser mãe de menina.
Evidentemente que amo minhas menininhas do sexo feminino e que elas vestem roupas cor de rosa. O fato é que também as visto de azul, amarelo, vermelho e branco. Elas têm bonecas. E fogãozinho, bola, carrinho e livros.
Evidentemente que as mães de meninos também ficam muito orgulhosas por terem seus filhos do sexo masculino. E os vestem de azul. Há também muitas delas rompendo estereótipos.
Nesta semana, uma amiga querida me enviou um ensaio fotográfico em que uma mãe coloca o filho em situações vistas por muitos como tipicamente femininas. Cozinhar é uma delas.
Achei de uma beleza impressionante. Não só porque as fotos eram belas, mas pela sensibilidade. E lembrei-me das famosas hashtags #mãedemenino e #mãedemenina. Não critico quem as usas -até porque nas redes sociais hashtags ajudam a localizar postagens e rendem muitos cliques-, mas nunca as usei.
Sou mãe de meninas, sim, mas sou, acima de tudo, mãe de seres humanos. Minhas filhas não se limitam a ser mulheres e acho que ensiná-las que são seres humanos faz com que entendam a importância dos principais valores.
Seres humanos amam, choram, vestem qualquer cor e podem escolher qualquer profissão. Seres humanos podem mudar o mundo. Desde que respeitem-se como humanos e não simplesmente por serem homens ou mulheres.
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