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Biblioteca da Vivi

'Conto da Aia 2' une três narrativas que contam o desfecho da saga

Livro 'Os Testamentos' se passa 15 anos depois da primeira etapa da série

Escritora canadense Margaret Atwood fala em entrevista coletiva de seu novo livro, "Os Testamentos"
Escritora canadense Margaret Atwood fala em entrevista coletiva de seu novo livro, "Os Testamentos" - Tolga Akmen/AFP
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A escritora canadense Margaret Atwood não imaginava que “O Conto da Aia”, livro escrito por ela em 1985, faria tanto sucesso passados 35 anos. Mas ela foi rápida na medida certa ao dar uma sequência para a obra, em 2019. Agora, assim como seu antecessor, “Os Testamentos” (R$ 54,90, 448 págs., Rocco) está entre os mais lidos da Amazon.com, site que serve de referência para todo o mundo.

O sucesso chega bem no momento em que a série de TV baseada no livro, e estrelada por Elisabeth Moss, teve seu desfecho revelado. Até então, o enredo deu conta de narrar a história de June, uma aia (como são chamadas todas aquelas que vivem para a procriação) no centro de um governo teocrático, em que as mulheres perderam seu direito e sua identidade.


Depois de sobreviver a barbaridades, June consegue deixar Gilead, local que ambienta toda a trama distópica, e obtém exílio no Canadá, para onde já havia conseguido mandar sua segunda filha, Nicole. A bebê, fruto de seu relacionamento com o motorista Nick, é uma das narradoras de “Os Testamentos”, que se passa 15 anos após a primeira saga ter fim. Já crescida, a menina descobre que foi criada por integrantes da oposição à ditadura de Gilead.

Considerado pela crítica uma espécie de “O Conto da Aia 2”, o livro também dá voz à primeira filha de June, Hannah. É dela que a protagonista é separada quando ocorre o golpe que a aprisiona à vida de aia. Só que Hannah nunca mais volta aos braços dos pais e é criada por uma família adotiva como Agnes, sem ter muita noção de sua origem. Tudo que ela conhece é a República de Gilead, o novo regime totalitário que toma conta de parte do território dos Estados Unidos.

A terceira narradora da obra é a única personagem mais conhecida do leitor, já que as duas garotas são apenas citadas no primeiro livro. Trata-se de Tia Lydia, uma das Tias, como são chamadas as mulheres que não se casam nem têm filhos para se dedicar à educação das futuras aias. É a partir da figura dela que a derrocada de Gilead começa a se tornar evidente.

Os três depoimentos se intercalam de maneira a instigar a curiosidade do leitor, que passa a querer descobrir mais por trás da história de cada uma das personagens. Se para quem acompanha a trama toda apenas pela TV a história tem um fim com a chegada de June ao Canadá, “O Conto da Aia 2” fornece um amplo material a ser explorado na próxima temporada da atração, ainda sem data de exibição.

Mas o leitor fica com um gostinho de quero mais ao descobrir que a protagonista é, agora, uma simples coadjuvante.

MAIS VENDIDOS

FICÇÃO
1 “Box - o Essencial Sherlock Holmes - 3 Volumes”, de Arhur Conan Doyle (Aeroplano)
2 “Box Cósmico Maldito: Histórias Ocultas”, de H.P. Lovecraft (Novo Século)
3 “Box - Nórdicos - Os Melhores Contos e Lendas”, de vários (Pandorga)
4 “Corte de Chamas Prateadas”, de Sarah J. Mass (Galera)
5 “Box - 1984 + A Revolução Dos Bichos”, de George Orwell (Pandorga)

NÃO FICÇÃO
1 “Escravidão - Volume 2”, de Laurentino Gomes (Globo Livros)
2 “Vade Mecum 2021 Saraiva” (Saraiva)
3 “Box - O Essencial da Psicologia - 3 Volumes”, de Sigmund Freud (Aeroplano)
4 “Não Aguento Mais”, de padre Alessandro Campos (Globo)
5 “Escravidão - Volume 1”, de Laurentino Gomes (Globo Livros)

AUTOAJUDA
1 “Mais Esperto que o Diabo”, de Napoleon Hill (CDG)
2 “Minutos De Sabedoria (Simples)”, de Carlos Torres Pastorino (Vozes)
3 “Os Quatro Compromissos”, de Don Miguel Ruiz (Best Seller)
4 “Mais Esperto que o Diabo” (bolso), de Napoleon Hill (CDG)
5 “A Sutil Arte de Ligar o F*da-se”, de Mark Mason (Intrínseca)

Fonte: Livrarias Saraiva (de 21 a 27.jun.2021)

Biblioteca da Vivi

Vivian Masutti, 35, é jornalista formada pela Cásper Líbero e bacharel em letras (português e francês) pela USP (Universidade de São Paulo), onde também cursou a Faculdade de Educação e obteve licenciatura plena em língua portuguesa. No Agora, é coordenadora da Primeira Página.

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