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Cinema e Séries
Descrição de chapéu Televisão

Aline Borges fala sobre personagem lésbica em série: 'A gente precisa ser livre para amar pessoas'

Em 'Juntas e Separadas', do Globoplay, atriz vai se envolver com uma das protagonistas

Em foto colorida, mulher de bermuda verde e top verde faz pose para foto
Aline Borges já grava a quarta temporada da série 'Arcanjo Renegado' - Márcio Farias/Divulgação
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Rio de Janeiro

Desde que interpretou Zuleica, a segunda mulher de Tenório (Murilo Benício), há dois anos, no remake de "Pantanal", Aline Borges, 49, vem vivendo o que define como um "momento próspero" na carreira. Ela agora se divide entre as filmagens da quarta temporada de "Arcanjo Renegado" e as gravações de uma produção inédita do Globoplay: "Juntas e Separadas", de Thalita Rebouças.

Na trama, que retrata as vivências, os sabores e dissabores das mulheres com mais de 40 anos, Aline interpreta Júlia, uma mulher livre e segura, que vive um romance com uma das quatro protagonistas (Sheron Menezzes, Natália Lage, Luciana Paes e Débora Lamm). "É uma história linda. Tudo muito leve", antecipa.

"Não posso dar spoilers porque os diretores me matam (risos), né? Mas é uma trama dentro da série que joga luz sobre o preconceito contra a relação entre duas mulheres", explica.

Casada há 15 anos com o ator Alex Nader, Aline diz que nunca teve um relacionamento homoafetivo, mas lembra que, quando mais nova, sentia desejo por homens e mulheres. "Era uma coisa que eu não falava, sabe? A minha cabeça ainda era totalmente oprimida pela forma como fui educada, e a arte me ajudou a desconstruir muitos bloqueios", comenta.

"A gente precisa ser livre para amar pessoas", afirma. "Estou com meu marido há 15 anos porque o amo. A gente quer estar com quem a gente ama independente de ser homem ou mulher. Acredito nisso."

Na contramão de Júlia, está Joana Toro, a secretária ambiciosa da governadora Manuela (Rita Guedes) em "Arcanjo". "Se ela tinha a certeza que o meio da política não é para amadores, nesta terceira temporada, a minha personagem tem mais certeza ainda", avalia.

"Por mais que seja uma ficção, a realidade não está tão distante e aí fico pensando o quão difícil, você estar ali, não adoecer, não se contaminar", diz Aline, que considera a personagem mais desafiadora e distante. "Nessa encarnação, eu não vim com a vocação de ser política ou estar inserida no meio. O meu lugar mesmo de força, de potência, de transformação é através da arte."

Assim que acabar as gravações das duas produções, Aline cruza os dedos para ser chamada para um novo trabalho. Ela não antecipa se já tem algo engatilhado como uma novela, por exemplo, mas deixa no ar. "O que eu posso dizer é que eu tenho feito testes para a casa [Globo] e provavelmente em 2025 eu vou estar lá de novo", diz.

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