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Cinema e Séries
Descrição de chapéu Filmes Folhajus Boate Kiss

Familiares de vítimas da boate Kiss pretendem processar Netflix por série dramática: 'Pegos de surpresa'

Empresário pede que parte dos lucros seja destinada à construção de memorial

Os atores Debora Lanm e Thelmo Fernandes em cena de "Todo Dia A Mesma Noite", na Netflix
Os atores Debora Lanm e Thelmo Fernandes em cena de "Todo Dia A Mesma Noite", na Netflix - Guilherme Leporace/Netflix
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São Paulo

Um grupo de pais de vítimas do incêndio na boate Kiss, que há dez anos matou 242 jovens em Santa Maria (RS) e também deixou mais de 600 feridos, pretende processar a Netflix pela série "Todo Dia a Mesma Noite", que dramatiza a história de algumas famílias a partir da tragédia até o julgamento, em 2021.

Segundo o coordenador do grupo, o empresário Eriton Luiz Tonetto Lopes, que na tragédia perdeu a filha Évelin Costa Lopes, de 19 anos, o sentimento é de indignação e injustiça. As informações são do jornal GaúchaZH.

"Nós fomos pegos de surpresa, ninguém nos avisou, ninguém nos pediu permissão. Nós queremos saber quem está lucrando com isso. Não admitimos que ninguém ganhe dinheiro em cima da nossa dor e das mortes dos nossos filhos", disse Lopes ao jornal gaúcho.

Ainda segundo ele, há pais passando mal por causa da série. "O mínimo que exigimos agora é que uma parte do lucro seja repassada para tratamento de sobreviventes e para a construção do memorial da Kiss. Nós não queremos nenhum dinheiro para nós."

Pais e apoiadores iniciaram mobilização e criaram um grupo de WhatsApp para discutir o assunto, que eles consideram "exploração financeira da tragédia", de acordo com a publicação. Eles não fazem parte da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria.

A série "Todo Dia a Mesma Noite" é baseada no livro homônimo da jornalista Daniela Arbex. Mistura realidade e ficção, interpretada por atores.

A advogada do grupo afirmou ao jornal que fará uma interlocução com a Netflix ainda esta semana para ao menos tentar um acordo para que parte do lucro seja destinada às vítimas, aos sobreviventes e à construção do memorial.

Ela acredita que seja viável ação por danos morais e sequelas médicas, pois, segundo ela, pais voltaram para a terapia por causa da série.

Procurada pelo GaúchaZH e pelo F5, a Netflix não se manifestou até a publicação desta reportagem.

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