'4x100 - Correndo Por um Sonho' mostra superação pelo ouro olímpico
Longa de ficção mostra equipe de atletismo nas Olimpíadas de Tóquio
Longa de ficção mostra equipe de atletismo nas Olimpíadas de Tóquio
União, superação e esperança são três palavras que definem a mensagem do filme “4x100 - Correndo Por um Sonho”, que estreia nesta quinta-feira (24) nos cinemas brasileiros. O longa nacional acompanha cinco atletas mulheres que precisam aprender a trabalhar em equipe e superar seus próprios desafios para conquistar o ouro na corrida de revezamento 4x100 metros rasos na Olimpíada de Tóquio.
Ao longo da trama ficcional, que estreia apenas um mês antes dos Jogos Olímpicos, é exibida a trajetória de Adriana (Thalita Caruata) e Maria Lúcia (Fernanda de Freitas), que após perderem o pódio nos Jogos Olímpicos Rio 2016 tomaram rumos distintos, enquanto Adriana treina em uma quadra de terra e participa de algumas lutas de MMA, Malú treina ainda mais pesado para a próxima competição.
Tomás Portella, diretor do filme, conta que a ideia do projeto partiu de Roberta Alonso, atriz que dá vida à atleta Rita no longa. “As meninas tiveram liberdade total para trabalharmos juntos o texto”, comenta ele ao lembrar que o filme também fala sobre o machismo que as mulheres enfrentam dentro e fora das competições.
“Essas discussões são muito pertinentes à época”, completa Cinthia Rosa, que interpreta Jaciara. Para a atriz, levantar a bandeira do feminismo no filme foi importante para conscientizar sobre as dificuldades de ser mulher. “Estamos em um momento feminino que a mulher não quer aturar absolutamente mais nada”, completa.
Alonso afirma que além deste tema, também quis despertar no público o sentimento de pertencimento, conexão e orgulho que o esporte carrega. “Estamos precisando sentir. Primeiro precisamos nos conectar com as nossas cores, tenho a impressão que elas foram roubadas”, reflete.
A artista ainda traça um paralelo entre a união demonstrada no filme e a união que a população deveria ter para enfrentar a pandemia da Covid-19. “Se não nos unirmos em prol de um objetivo em comum, que é acabar com isso, não vai acabar. No filme é a mesma coisa”, diz.
Para Augusto Madeira, que faz o treinador da equipe, o esporte e a arte são capazes de mostrar o trabalho em equipe e sua importância. “O espectador não vê nada disso, mas essa sensação de coletividade é muito forte”, completa. Ele conta que espera que o filme possa animar e motivar a equipe olímpica, que, segundo ele, irá assistir ao trabalho antes de embarcar para Tóquio.
Portella ressalta que falar sobre o maior evento esportivo do mundo é um ato que traz esperança para as pessoas, e que apesar de não ser o melhor momento para os cinemas, o momento sentimental da população é muito importante para o lançamento do trabalho. “Trazer esperança num momento como esse parece uma boa ideia.”
Além da esperança, o longa-metragem também passa uma mensagem de motivação e homenagem às atletas. Junto aos créditos do trabalho, são colocadas imagens de grandes atletas brasileiras que marcaram a história do nosso país, como a jogadora de futebol Marta, 35, e a ex-ginasta Daiane dos Santos, 38.
O filme estreia nesta quinta-feira (24) nos cinemas por todo o Brasil. Para quem pretende prestigiar o longa nas telonas, o elenco inteiro tem uma mensagem: “use máscara”, e Madeira acrescenta, “leve um lencinho de papel.”
Thalita Carauta comenta que a construção da personalidade de Adriana aconteceu aos poucos, de forma quase que natural, "nunca tenho grandes elaborações eu tento entender o que é e sobre o que a personagem quer falar". Porém, a maior parte da preparação foi a física, assim como todo o elenco reafirma.
“A maior parte de trabalho na preparação de personagem foi a questão física”, explica a atriz. Para Fernanda de Freitas os treinos e alimentação regrada fizeram com que ela encontrasse sua personagem dentro de si. “Sou bailarina de formação e meu professor de balé sempre falou que eu era muito obsessiva, e tem uma coisa na Malú de obsessão”, relembra.
A atriz Priscila Steinman, que interpreta a atleta novata Sofia, diz que a parte física foi muito intensa. Ela relembra que o elenco passou dias frequentando diariamente o NAR (Núcleo de Alto Rendimento Esportivo) em São Paulo, convivendo e treinando com atletas novos e veteranos.
“Tivemos um contato muito próximo com essa realidade brasileira, com as nossas atletas”, relembra ela que afirma que quando o elenco não estava filmando, se preparava fisicamente para o papel. “Levou cerca de um mês e meio para chegarmos aos resultados que precisávamos, e manter isso durante as filmagens.”
A preparação de elenco e filme aconteceram em 2019, antes da pandemia de coronavírus. Para Fernanda de Freitas, a mensagem que fica “extrapola os Jogos Olímpicos, sem querer. Não imaginávamos que estaríamos estreando em um momento como esse.”
Roberta Alonso ressalta que é importante estar de coração aberto ao assistir ao filme. “Para que a esperança e o espírito de união possam entrar, e que consigam, nesse momento, ver quantas coisas ainda o nosso país tem de bom.”
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