'Ratched', nova série da Netflix, retrata manicômios e homossexualidade nos anos 40
Com Sarah Paulson, produção traz de volta personagem de 'Um Estranho no Ninho'
Com Sarah Paulson, produção traz de volta personagem de 'Um Estranho no Ninho'
Já conhecida pelo filme "Um Estranho no Ninho", de 1976, a enfermeira tenebrosa Mildred Ratched está de volta, dessa vez interpretada pela atriz Sarah Paulson, 45, na nova série "Ratched". Escrita e dirigida por Ryan Murphy e Evan Romansky, a produção estreia nesta sexta-feira (18) na Netflix.
Em entrevista ao F5, Paulson –conhecida por atuar em diversas temporadas de "American Horror Story"(FOX)– afirma que o público vai se surpreender, principalmente pelo passado sombrio da enfermeira que foi a vilã no longa de Miloš Forman, na época vivida por Louise Fletcher.
Com o total de oito capítulos, a série é ambientada na década de 1940, época em que homossexuais eram considerados "loucos" por suas preferências afetivas. Cynthia Nixon, 54, que interpreta a assessora Gwendolyn Briggs –par romântico de Ratched– diz ser importante esse contexto histórico na produção de Murphy.
"Acho que uma das melhores coisas que ele faz é voltar no tempo e contar as histórias dessas pessoas, inseri-las na narrativa para nós nos vermos naquilo. Ver o que pessoas como nós estavam fazendo naquele tempo. Afinal, estávamos lá, mas a gente não sabia durante aquele período", afirma Nixon.
Com um elenco de alto escalão, como Sharon Stone (Lenore Osgood), Judy Davis (Betsy Bucket) e Jon Jon Briones (Dr. Hanover), outro assunto bastante retratado na série é a relação dos hospitais psiquiátricos. O thriller mostra como eram os tratamento usados na época, que incluíam de eletrochoque (hipertérmico) a lobotomia (intervenção cirúrgica no cérebro, utilizada no passado em casos graves de esquizofrenia).
A produção também transita na história do personagem Edmund Tolleson, vivido pelo ator Finn Wittrock, 35, –também conhecido pelos fãs de "American Horror Story". Na série, ele se torna um dos assassinos mais temidos da Califórnia após matar quatro padres em um convento.
Wittrock conta que precisou se preparar psicologicamente para dar vida ao personagem e que era difícil abandonar a energia negativa ao fim das gravações. "Não foi fácil, definitivamente foi uma trajetória dolorosa de entrar. Tentei não levar nada comigo quando ia para casa. Você tem que deixar aquilo no set."
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