Netflix divulga vídeo de 'Coisa Mais Linda' com depoimentos reais e atuais de machismo
Atrizes relatam situações que parecem saídas dos anos 1950
"Eu sempre ouvi que a culpa da agressão física é da mulher. Afinal, o homem não fica nervoso sem que ela dê motivos". A frase dita por Fernanda Vasconcellos parece saída dos anos 1950, mas, na verdade, é dos dias atuais. O relato faz parte de um vídeo de divulgação da série brasileira "Coisa Mais Linda", da Netflix, que estreou no último dia 22 de março e fala sobre a união de quatro personagens femininas, que lutam pelos direitos das mulheres em 1959.
O vídeo tem a participação também das outras protagonistas da série: Maria Casadevall, Mel Lisboa e Pathy Dejesus. Todas contam situações em que elas precisam aceitar injustiças e preconceitos só pelo fato de serem mulheres, como o homem que trai, mas deve ser perdoado, porque "isso faz parte da natureza dele".
A impressão é que as falas são das suas personagens, Lígia (Vasconcellos), Malu (Casadevall), Adélia ( Dejesus) ou Thereza (Lisboa). Mas, então, elas logo revelam que são histórias reais e atuais, colhidas nas redes sociais.
Casadevall diz: "Eu sempre ouvi que homens não prestam mesmo. E que tudo bem. Porque isso faz parte da natureza deles."
Já a fala de Pathy Dejesus é sobre racismo. "Outro dia eu fui visitar uma amiga e o porteiro do prédio perguntou se eu era faxineira dela. Só porque eu sou negra". Mel Lisboa relata sobre pedir ajuda para colegas no trabalho e depois ser cobrada no fim do expediente para "sair para beber para pagar a ajuda".
Casadevall termina o vídeo ressaltando a luta das personagens na série: "A coisa mais linda é a mulher ser quem ela quiser, onde ela quiser. E isso não tem data."
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