Andrew Lincoln promete episódios 'emocionantes' em sua despedida da série 'The Walking Dead'
Ator interpretou Rick Grimes na série da Fox por quase dez anos
Após quase uma década interpretando o “xerife” Rick Grimes na série “The Walking Dead”, Andrew Lincoln se despede do personagem para “voltar para casa” e passar mais tempo com a família. Mas promete aos fãs um último episódio “emocionante”.
Em entrevista no último sábado (6) com jornalistas estrangeiros, Grimes falou sobre o que o levou a deixar o bem-sucedido drama televisivo.
“Não foi uma decisão fácil. Eu ainda estou em estágio de negação, estou tentando entender como eu me sinto, o que eu sinto”, contou.
“Eu passei a maior parte da última década focado na minha carreira, interpretando esse papel. E eu amo. Amo as pessoas com as quais eu trabalho. Essa é a coisa da qual mais sinto falta e tenho sentido”, diz. “Mas eu tenho que voltar para casa.”
Grimes considera os dois últimos episódios que gravou seus favoritos desde o piloto. “O adeus foi incrível”, afirmou. “O último episódio foi muito emocionante, muito especial. Quando eu disse para minha esposa que ia deixar a série, ela falou para eu fazer como na primeira temporada, sem o medo. Achei incrível, era isso que eu queria”.
A saída do protagonista abre espaço para outros personagens ganharem destaque, afirma a roteirista Angela Kang. “Temos um elenco incrível, e esses personagens que estamos acompanhando há tantos anos e que estão nesta jornada ao lado de Rick”, diz.
“O elenco ao redor deles, alguns têm um papel menor, mas ainda cada um está trazendo algo interessante para a série.”
Jeffrey Dean Morgan, que interpreta Negan, também lamentou a saída de seu arqui-inimigo na série. “Odiei perder o Andy, e acho que Negan também não gostou. Havia um sentimento de ódio e amor e respeito na relação deles, é por isso que Rick não o matou. Havia algo lá que os conectou”, contou.
Ele descarta também uma substituição do personagem principal, e diz que a série “está em boas mãos” e não vai perder o rumo.
A nona temporada começa com uma passagem de tempo de um ano e meio depois da guerra e mostra os personagens buscando reconstruir uma vida em comunidade, conta a roteirista.
“Hilltop está se tornando uma comunidade agrária, você os vê juntando forças. Ainda assim, eles continuam construindo, é a missão deles nesta temporada.
A estreia foi vista por 6,1 milhões de pessoas e recebeu nota 2,5 de quem assistiu --a menor que a série tinha recebido antes havia sido um 2,7, mas em episódio visto por apenas 5,4 milhões de pessoas, segundo dados do instituto Nielsen.
Em sua última temporada, Rick tenta implementar essa visão de sociedade em que todos trabalham juntos. “Eles perceberam que, quando há tantos monstros no mundo, por que estamos brigando uns com os outros? Há outras pessoas que têm traumas emocionais e que estão tentando lidar com isso, pessoas cujas filosofias estão começando a divergir”, afirma Kang.
A temporada também vai explorar mais os whisperers, vivos disfarçados de zumbis para se misturarem aos mortos-vivos. “É algo que para os fãs, houve uma série de reviravoltas, então tentamos preservar isso, as intrigas do jeito que desenvolvemos as histórias”, diz a roteirista.
Morgan, o Negan, afirma que os zumbis continuam sendo uma ameaça na nova temporada. “Após nove anos, essas pessoas estão vivendo nesse mundo, ainda podem tomar conta de si mesmos. Ainda há chances de elas serem mortas, são um aborrecimento, mas são uma ameaça real”, afirma.
Apesar do drama carregado, não necessariamente o público ficaria sem um final feliz, conta o “xerife” Rick Grimes. “Não sei como seria. Eu não sei se um final feliz é possível nesse mundo que criaram. Uma das coisas mais redentoras neste programa é o fato de que há esperança”, afirma. “Com a vida sempre há esperança.”
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