Madonna vence em processo sobre horário de início de show em Miami
Ação acusava artista de enganar espectadores ao subir ao palco com 90 minutos de atraso
A superestrela do pop Madonna convenceu um juiz em Miami a rejeitar um processo que a acusava de enganar espectadores ao subir ao palco 90 minutos depois do horário marcado em um show em abril.
O juiz Jorge Pérez Santiago, do Tribunal do Condado de Miami-Dade, disse em uma audiência na semana passada que o horário de início do show, às 20h30, estava sujeito a alterações e que o show de abertura se apresentou conforme planejado antes da aparição de Madonna.
O requerente alegou que Madonna e a arena, o Kaseya Center, violaram a lei da Flórida contra práticas empresariais enganosas e injustas ao iniciar o show mais tarde e por permitirem conscientemente que o local ficasse muito quente.
Pérez Santiago disse que não havia questões a serem resolvidas por um júri e indeferiu o caso. Para ele, o calor se resumia a algo subjetivo.
"Se estava quente demais para você, está frio demais para alguém", disse Pérez Santiago durante a audiência de 24 de outubro, segundo uma transcrição.
Marcus Corwin, advogado do espectador, disse à Reuters nesta segunda-feira que pretende recorrer da decisão.
"Meu trabalho é ajudar os consumidores a obterem o que eles acham que negociaram", disse Corwin em uma entrevista.
Os advogados de Madonna e da arena, sede do time profissional de basquete Miami Heat, não responderam imediatamente a um pedido de comentário.
Corwin tem dois outros processos semelhantes pendentes contra Madonna perante juízes diferentes no mesmo tribunal.
O advogado, que mora na Flórida, também está movendo uma ação coletiva separada sobre o início tardio de um show de Madonna no tribunal federal de Washington, D.C. Em junho, ele retirou voluntariamente um processo em Nova York que acusava a estrela de iniciar os shows com duas horas de atraso.
Madonna negou as alegações em todos os casos.
Os processos no Tribunal do Condado de Miami-Dade pediam indenização de menos de 8.000 dólares por diferentes noites da Celebration Tour de Madonna em Miami.
Na audiência de 24 de outubro, Corwin acusou Madonna de atraso habitual.
"Quero dizer, não se trata de uma noite. Elas fazem isso o tempo todo", disse ele.
O advogado de Madonna, Austin Flickstein, argumentou que o autor da ação recebeu o que pagou.
"Não é irracional que uma atração principal tenha alguém que suba e aqueça o público", disse Flickstein ao tribunal.
"Consumidores razoáveis sabem disso."
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