Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Celebridades
Descrição de chapéu Folhajus

Entenda batalha judicial entre ex-namorada de Ayrton Senna e escritora por autoria de livro

Obra 'Minha Garota' vira questão na Justiça

Capa de livro mostra casal sorrindo
Capa do livro 'Minha Garota' - Reprodução
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Lançado em 2019, o livro "Minha Garota", que rememora momentos íntimos do relacionamento de Adriane Yasmin com Ayrton Senna (1960-1994), virou uma batalha judicial. Isso porque ela e a escritora e jornalista Malu Magalhães disputam a autoria da obra.

A Justiça de São Paulo chegou a condenar Adriane Yasmin, ex-namorada de Senna, a pagar R$ 2.500 à escritora Malu Magalhães. Esse valor, quando atualizado monetariamente, beiraria os R$ 5.000

Porém, segundo o advogado de Adriane, Eduardo de Almeida Sampaio, esse valor já foi compensado com outra ação que sua cliente move na Justiça contra a escritora por danos morais. "Eis que ela deve muito mais à Adriane por ter impedido a venda do livro. Estão sendo apurados os lucros cessantes, mas os danos morais ultrapassam o valor de R$ 25 mil com honorários", diz.

A defesa da ex-namorada do piloto afirma que ambas assinaram um contrato de Ghost Writer, ou seja, quando uma pessoa abriria mão dos direitos autorais, e que o valor, inclusive, foi aumentado para não constar de fato o nome de Malu Magalhães na capa do livro.

"Assim, o trabalho que a senhora Malu fez, que conforme o laudo que contratamos foi de 4% do total da obra, foi remunerado no valor de R$ 10 mil a ela. Jamais houve qualquer disputa de direitos autorais entre as duas, já que estes sempre pertenceram a Adriane", afirma Sampaio.

Segundo Debora Sztajnberg, advogada da escritora Malu, sua cliente foi contratada para escrever o livro, e Adriane só teria pagado uma parte e lançado a obra como se fosse ela quem tivesse escrito.

Em contato por telefone com o F5, a escritora Malu Magalhães celebrou a decisão da primeira condenação. "Consegui resgatar minha dignidade profissional. É uma batalha judicial que vem se arrastando desde 2020. O trabalho enobrece e dignifica, ainda mais quando ganhamos na Justiça, então é um enobrecimento triplicado", disse.

Segundo ela, teria sido injustiçada. "Eu trabalhei muito. Não fiz a biografia do Senna ou da Adriane, mas a biografia do casal nos quatro anos de relação. Simplesmente morri para o mundo, abandonei minha família. Fiquei quase um ano e só depois ela falou que não tinha ficado legal", emenda.

Sobre isso, Adriane também rebateu. Procurada, ela afirma que Malu não escreveu o livro nem teria o arquivo final. E que estaria tentando "assassinar minha reputação".

"Ela já é credora de uma ação por danos morais e materiais que perdeu, com trânsito em julgado. Ela, na tentativa de execução integral do contrato assinado no valor de R$ 15 mil, recebeu da juíza R$ 2.500 porque entendeu que, apesar de estar longe de ter escrito o meu livro, ela fez 'alguma coisa'", diz.

O livro "Minha Garota" tem mais de 600 páginas e recorda a fase do namoro, quando Adriane tinha 15 anos, e Senna, 24. Ela nunca foi exposta por ele, que na época ainda começava a trilhar seu caminho e viu sua rotina virar uma loucura com fama, viagens, assédio de fotógrafos e fãs e contratos milionários.

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem