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Celebridades

Eu era o terror e cheguei ao fundo do poço aos 20 anos, diz Gisele Bündchen

Modelo lança livro no Rio e lembra alimentação desregrada e hábitos pouco saudáveis na juventude: 'Hoje em dia, abençoo o meu prato antes de comer'

Gisele Bündchen no lançamento do livro 'Nutrir: Receitas Simples para o Corpo e a Alma'
Gisele Bündchen no lançamento do livro 'Nutrir: Receitas Simples para o Corpo e a Alma' - Cleo Guimarães/Folhapress
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Rio de Janeiro

Segue a todo vapor a turnê de divulgação do livro de receitas de Gisele Bündchen. Depois de entrevistas ao canal americano ABC, a Jimmy Fallon e ao New York Times, a top deu uma passadinha no Brasil para mais uma vez falar sobre "Nutrir: Receitas Simples para Corpo e Alma", que acaba de lançar.

Na manhã desta quarta-feira (3), Gisele participou de um bate-papo com Angélica, Taís Araujo e a influencer Silvia Braz em um hotel do Rio. A imprensa já tinha sido avisada que não poderia se manifestar, estava ali como espectadora, assim como os cerca de 50 convidados na plateia.

Gisele voltou a falar das crises de ansiedade que viveu na juventude e da saúde, que andava fraquejando, motivos que a levaram a mudar drasticamente seu estilo de vida. "Eu era um terror com relação aos meus hábitos até os meus 20 anos". Ela contou que "apareciam sinais", mas demoraram a ser percebidos. "Não dei atenção, até que cheguei ao fundo do poço. Não tive outra opção a não ser mudar, me reorganizar. A saúde é o que a gente tem de mais precioso."

Ela viu então que era preciso ter "compaixão" com si mesma, por isso começou a meditar ("Mudou a minha vida, dez minutos por dia já fazem a maior diferença") e entrou numa dieta altamente restritiva —o que não indica. "O mais importante é não se privar de nada. Comer é uma coisa tão maravilhosa! É importante o equilíbrio, ter prazer em comer". Por isso, contou, de vez em quando come pizza com os filhos, uma exceção à regra.

"Dou o exemplo, cozinhamos juntos e a hora de comer é sagrada. Eles adoram legumes, mas de vez em quando acho umas coisas escondidas na cozinha, embaixo da cama". O que faz então? "Chamo e mostro a lista de ingredientes na embalagem, explico que é difícil para o nosso corpo processar aquilo tudo. Não proíbo, tento ensiná-los".

Nesta hora, Taís Araújo conta que passa por situação semelhante. "Meus filhos comem super bem, reclamam quando não tem brócolis ("que ótimo", disse Gisele), mas o problemas são as brechas na escola, nas festinhas. Eu abri essa brecha e agora não consigo mais controlar os doces, as balinhas. Essa batalha parece que eu perdi", admitiu a atriz.

Angélica era a mediadora do papo e quis saber se a modelo costuma meditar todos os dias (é famosa sua relação com a meditação). "Não. Eu tento fazer de manhã, mas de vez em quando alguma coisa acontece, de vez em quando o cachorro tá chorando, querendo ir pra fora mais cedo, de vez em quando eu tô cansada... ". Entra aí mais uma vez o bom senso que Gisele prega. Disciplina é diferente de sofrimento para a modelo, que costuma pontuar suas frases com o bom e velho "tipo assim".

"Às vezes penso: não vou acordar às 5 da manhã hoje, tô cansada, vou dormir. Mas eu medito todos os dias, tipo assim, 90% dos dias, e quando não medito, está tudo bem, entendeu? Mas eu sinto. Porque quando eu medito, estou muito mais presente, 15, 20 minutinhos. Só de respirar, de me reconectar, de realmente estar... Meu dia é outro. Se faço de manhã, tipo assim, eu sou outra pessoa."

Pelo que se ouviu na conversa, há duas coisas que Gisele realmente cortou de seu cardápio: açúcar branco e café. "Adoçar com mel é ótimo; com tâmara também, e é uma delícia". O cafezinho nosso de cada dia, bem, esse ela não curte mesmo. "Não posso tomar café que eu fico assim, gente", disse, tremendo teatralmente as duas mãos e mostrando para a plateia.

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