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Celebridades

Macacos de Nicole Bahls deram início a investigação da PF contra traficantes de animais

Operação Defaunação mobilizou 100 policiais, que cumpriram 20 mandados de busca e apreensão, nesta terça (11), no estado do Rio; tudo começou em 2023, com Mikael e Davi

Nicole Bahls: 'Na nossa cabeça, estava tudo legal, e não estava. Fomos enganados' - Divulgação/ Vinny Nunes
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Rio de Janeiro

Tudo começou com Mikael e Davi, macacos adquiridos ilegalmente e encontrados pela Polícia Federal em janeiro de 2023 no sítio da apresentadora Nicole Bahls. De lá para cá, deu-se início a uma investigação, concluída nesta terça-feira (12), com a Operação Defaunação.

Através dela, a PF desarticulou uma organização criminosa especializada na captura ilegal, receptação e tráfico de animais silvestres, no Rio. Cerca de 100 policiais federais cumpriram três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão nos municípios do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo (RJ), Itaboraí (RJ) e Maricá (RJ).

Cobras, pôneis, araras e macacos, entre outros animais, alguns em condições precárias de saúde, foram apreendidos na ação. Segundo a PF, no intervalo de um ano, a atividade criminosa levou a um enriquecimento ilícito de, aproximadamente, R$ 2,4 milhões, podendo chegar a R$ 14,4 milhões. A comercialização seria feita mediante falsificação de documentos e selos públicos do IBAMA e do INEA.

Foi justamente esta a justificativa dada por Nicole quando a polícia esteve em sua fazenda, em Itaboraí, na região metropolitana do Rio, no início do ano passado. Ela e o namorado, Marcelo Viana, chegaram a apresentar documentos que comprovavam uma suposta compra legal, mas os policiais descobriram que as papeladas eram falsas e os bichos vieram de uma rede de tráfico de animais silvestres.

Mikael e Davi estavam, à época, com quase cinco meses de idade. Os animais haviam sido comprados por Marcelo três meses antes. Ele pagou R$ 60 mil por cada um. "Antes de fechar o negócio, Marcelo pesquisou muito e descobriu um 'criadouro autorizado' em Maricá [próximo a Itaboraí]. Na nossa cabeça, estava tudo legal, e não estava. Fomos enganados", afirmou Bahls, em janeiro de 2023.

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