Arnold Schwarzenegger é retido em aeroporto de Munique por não declarar relógio
Ator ficou mais de três horas na alfândega por não ter declarado acessório que levava para ser leiloado
O ator e ex-político austro-americano Arnold Schwarzenegger ficou na última quarta-feira (17) retido por mais de três horas no aeroporto de Munique por oficiais da alfândega alemã por não ter declarado um valioso relógio de luxo às autoridades aduaneiras.
Schwarzenegger recebeu permissão para continuar sua viagem, afirmou um porta-voz da alfândega em Munique na noite de quarta-feira. Ele também pôde levar o relógio com ele.
Entretanto, um processo fiscal criminal foi aberto contra o astro, de 76 anos, que foi campeão mundial de fisiculturismo, é estrela de Hollywood e também cumpriu dois mandatos como governador do estado americano da Califórnia.
De acordo com as autoridades alfandegárias, ao chegar a Munique, Schwarzenegger não declarou o valioso acessório que levava consigo, embora aparentemente planejasse deixá-lo na União Europeia.
Segundo o jornal alemão Bild, o relógio em questão é da marca suíça Audemars Piguet, avaliado em 26 mil euros (R$ 140 mil), e Schwarzenegger teve que pagar uma quantia de 35 mil euros (R$ 188 mil), entre multas e impostos.
LEILÃO EM PROL DE PROJETO CLIMÁTICO
O artista levava o relógio para leiloá-lo em um evento beneficente agendado para esta quinta-feira (18) em Kitzbühel, nos Alpes austríacos. A renda do leilão se destina a projetos de proteção ambiental, conforme anunciado pela iniciativa climática fundada pelo ator, a Schwarzenegger Climate Initiative.
"Se as mercadorias permanecerem na UE, você tem que pagar impostos e taxas sobre elas", ressaltou o porta-voz da alfândega em Munique. "Isso se aplica a todos."
Schwarzenegger concordou em pagar o imposto alfandegário por seu relógio pessoal, disse a Schwarzenegger Climate Iniciative.
"Ele cooperou o tempo todo, mesmo tendo sido esta uma investigação incompetente, uma total comédia de erros, mas que daria um filme policial muito engraçado", criticou a entidade em nota.
"Esperamos que a Alemanha invista tanta energia na reorganização de sua economia de forma a torná-la mais ecológica como na cobrança de taxas alfandegárias sobre a propriedade das pessoas", completou a organização de Schwarzenegger.
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