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Celebridades

Tata Werneck processa empresa de bitcoins investigada em CPI

Após ser convocada a depor, atriz diz ter descoberto que Atlas Tecnologia ainda tinha propaganda com ela nas redes; OUTRO LADO: Empresa não responde a contatos

Tata Werneck: atriz processa empresa de criptomoedas por uso indevido de imagem em propaganda - Instagram/Tatá Werneck
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Aracaju

Tata Werneck, atualmente no ar como a Anely da novela "Terra e Paixão", da Globo, entrou com uma ação contra a Atlas Tecnologia. Ela alega que, sem o seu conhecimento, a empresa usava sua imagem nas redes sociais para dar credibilidade aos negócios, cinco anos após o fim do contrato que a atriz teve como garota propaganda da marca.

Por meio de liminar, ela também pede que a Meta, dona do Facebook, retire as peças de circulação. O F5 teve acesso à ação, que corre no 1º Juizado Especial Cível da Barra da Tijuca. A Atlas é investigada na CPI das Criptomoedas por um suposto esquema de pirâmide avaliado em R$ 7 bilhões. A empresa usava um falso robô para atrair investidores prometendo lucro rápido, mas teria deixado mais de 200 mil vítimas no Brasil e em outros países.

Tata foi contratada pelas Atlas em 2018, quando a empresa tentava aumentar a sua popularidade no Brasil. Na época, não havia nenhuma denúncia sobre problemas de quem investia em relação aos retornos financeiros feitos na financeira.

Após ser convocada para depor na CPI no início do mês, os advogados de Tata fizeram uma varredura e descobriram que a Atlas ainda usava peças produzidas anos atrás como se fossem novas, fazendo uso da credibilidade dela no mercado publicitário. A atriz conseguiu uma liminar no STF (Supremo Tribunal Federal) para não precisar depor.

Segundo documento obtido pela reportagem, Tata assinou contrato em maio de 2018. Na teoria, a Atlas deveria cumprir e retirar toda a sua imagem até 28 de dezembro daquele ano, sete meses após a assinatura. No entanto, desde então, a Atlas teria continuado usando a imagem de Tata para vender seus serviços.

"Quando a autora tomou ciência de que seria convocada para depor na CPI das criptomoedas, só porque foi garota propaganda da Atlas, descobriu-se que a ré [Atlas] não havia retirado as propagandas de seu perfil no Facebook, mantendo 15 publicações de fotos e vídeos com a imagem, a voz e o nome de Tata Werneck", diz a petição inicial da ação.

A defesa da atriz pede a retirada das 15 peças publicitárias pelo Facebook, que pagaria multa de R$ 1 mil por dia caso descumpra o pedido. A Atlas também deverá pagar R$ 52 mil por uso indevido de sua imagem.

Ricardo Brajterman, advogado de Tata Werneck, confirmou os pedidos, mas diz que o juiz do caso não deu liminar de urgência pedida inicialmente. "O juiz não deu a liminar neste primeiro momento e quis ouvir o que a Atlas tem a dizer. Nós estamos aguardando a manifestação de defesa deles", comentou o advogado.

A reportagem tenta contato com a Atlas por email desde a última terça (15), mas não obteve resposta até a última atualização deste texto.

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