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Celebridades

Alex Atala pede desculpas a Helena Rizzo por comentário machista no MasterChef

Chef elogiou a beleza dela após apontar qualidades profissionais dos outros jurados homens; Helena se diz triste e faz desabafo sobre assédio e misoginia

Alex Atala faz comentário machista sobre beleza de Helena Rizzo no MasterChef
Alex Atala faz comentário machista sobre beleza de Helena Rizzo no MasterChef - Reprodução
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São Paulo

O chef Alex Atala, 55, tem sido bastante criticado nas redes sociais por um comentário rotulado como machista direcionado a Helena Rizzo, 45, durante participação dele no MasterChef (Band). Depois de apontar as qualidades profissionais dos jurados Erick Jacquin e Rodrigo Oliveira no programa, lembrou apenas da aparência da colega.

"Não dá para falar da beleza da cozinha sem falar de uma mulher linda, de uma mulher que, de uma maneira muito especial, eu me apaixonei, chamada Helena Rizzo", disse Atala na edição que foi ao ar na última terça-feira (22).

Após repercussão negativa, o cozinheiro tentou se retratar pelas redes sociais. "Fui infeliz ao ressaltar apenas a beleza da Helena para falar da beleza da cozinha. A importância da Helena para a culinária brasileira é gigante e não está, nem de longe, ligada à sua beleza", começou.

"Quis mostrar que a Helena não precisou 'apenas' ser uma cozinheira genial, ela teve que vencer preconceito, machismo. Um machismo tão desgraçado e que está tão impregnado que se manifestou em mim sem eu sequer perceber", completou.

Helena Rizzo já foi eleita a melhor chef do mundo por duas vezes, ganhou prêmios e é a única mulher brasileira a receber uma estrela do guia Michelin.

Sem citar o nome de Alex Atala, a chef recorreu às redes sociais para fazer um desabafo sobre misoginia e machismo e relembrou que isso já aconteceu com ela por diversas vezes durante sua carreira.

"Não dá para contar as inúmeras vezes em que enfrentei misoginia e machismo nesses ambientes de trabalho, as diversas vezes que me senti incomodada e que o 'melhor' que podia fazer era dar aquele sorrisinho constrangedor com o canto da boca e seguir em frente", iniciou ela em sua fala.

"Fomos condicionadas, na minha geração, a normalizar os assédios, a jogá-los para baixo do tapete e seguir adiante. Sempre fiz isso, sem perder o foco de quem eu era e do caminho que queria percorrer. É triste constatar que em 2023 continua tudo igual (se não pior), com a única diferença de que hoje detectamos esse tipo de situação mais facilmente", disparou.

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