Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Celebridades

Vinicius Junior é homenageado por Chico Buarque em show na cidade do Porto

Cantor dedicou ao jogador, vítima de racismo, a música 'Sinhá'; letra mostra as crueldades a que estavam sujeitos os escravizados

Chico Buarque, sentado no banquinho, canta e toca violão; ele usa calça e camisa jeans
Chico Buarque no Porto, no último ensaio antes do show desta sexta-feira (26), em que homenageou Vini Jr. - Instagram
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Rio de Janeiro

Alvo de uma série de ataques racistas na Espanha, o atacante Vini Jr., do Real Madrid, foi homenageado por Chico Buarque na noite desta sexta-feira (26), em Portugal. Em show na cidade do Porto, Chico dedicou "ao nosso querido Vini Jr." a música "Sinhá".

Composta em parceria com João Bosco em 2011, "Sinhá" rendeu à dupla o prêmio de Melhor Canção no Prêmio de Música Brasileira do ano seguinte. A letra, pungente, fala de um escravo, acusado injustamente de ter visto a sinhá se banhar no açude. Ele tenta convencer o senhor de engenho de que não deve ser castigado por isso.

"Por que talhar meu corpo/ Eu não olhei Sinhá/ Pra quê que vosmecê/ Meus olhos vai furar/ Eu choro em iorubá/ Mas oro por Jesus/ Pra quê que vassumcê/ Me tira a luz", diz um trecho da música, cantada por Chico um mês depois de o compositor receber, em Lisboa, o Prêmio Camões. O reconhecimento chegou com quatro anos de atraso por causa da recusa do então presidente Jair Bolsonaro em assinar a documentação para que ele recebesse o diploma.

Em seu discurso, à época, disse: "Tenho antepassados negros e indígenas, cujos nomes os meus antepassados brancos trataram de suprimir da história familiar. Como a maioria do povo brasileiro, trago nas veias sangue do açoitado e do açoitador."

As homenagens não pararam por aí. No show desta sexta, Chico voltou a fazer um tributo a Gal Costa, como vem acontecendo na turnê "Que Tal Um Samba?". Ao cantar "Mil Perdões" composta por ele e gravada por ela no álbum Baby Gal (1983), o telão exibiu uma imagem da amiga e parceira, morta em novembro passado, em mais um momento emocionante da noite.

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem