BBB 23: Domitila quer virar rapper e diz que ser 'campeã moral' é melhor que prêmio em dinheiro
Miss sonha em ter o próprio programa, relembra brigas no reality e fala do namoro à distância
"Oi, tudo bem? Minha agenda está uma loucura, mas para vocês eu abro um espaço". Foi assim que começou o papo do F5 com Domitila Barros, 38, agora livre do confinamento do BBB 23 (Globo). Fora do reality, ela está cheia de planos que quer colocar em prática.
Segundo conta, a correria está maior devido às viagens que fará em breve à Alemanha e a Cannes. No primeiro destino, entregará prêmios, e, no segundo, participará de sessões do filme do qual participa e que será apresentado no famoso festival que acontece na cidade francesa. No próximo mês, o plano é se mudar para o Brasil e vingar como rapper e apresentadora.
"Várias pessoas já falaram que querem fazer parceria comigo, dentre elas a Karol Conká, a Preta Gil e o MC Poze do Rodo", conta ela, que nunca escondeu seu amor pelo hip hop.
Agora longe das câmeras que acompanhavam cada movimento no programa, Domitila afirma que a vida está muito melhor que antes. A Miss Alemanha 2022 conta que, por onde passa, escuta que é a "campeã moral" do programa, o que diz ser "melhor do que o prêmio".
"Meu maior sonho era alcançar o povo fora da bolha para poder levar os temas com os quais trabalho. Agora percebo que as pessoas dizem ter mais orgulho de ser preto, favelado e debochado", comenta. Confira a entrevista abaixo.
Como tem sido sua vida fora do BBB 23? Para mim, a vida fora do BBB está melhor do que eu esperava. Quando saí, eu achei que estava cancelada. Mas o público está me abraçando. Estou bem mais feliz aqui fora do que lá dentro, muito amor, muita gente que se identifica. Meu maior sonho era alcançar o povo fora da bolha para poder levar os temas com os quais trabalho. Agora percebo que as pessoas dizem ter mais orgulho de ser preto, favelado e debochado.
Ainda pretende viajar pelo mundo? Nesta terça-feira (2), recebo uma homenagem do consulado alemão e depois vou entregar 20 prêmios da Unesco na Alemanha, representando o Ministério da Educação. Em seguida, vou a Cannes com meu filme ["Der Pfau"], que está sendo exibido por lá. Além disso, em São Paulo, tenho a possibilidade de gravar um documentário sobre mim. Em junho, me mudo de vez para o Brasil.
Quando estiver estabilizada no país, o que pensa em fazer? Quero colocar minha carreira como atriz e cantora em alta. Sempre gostei de música, tive banda enquanto fazia mestrado na Alemanha e lancei remixes. Tenho conversado com rappers e trappers e quero enveredar para essa pegada. Várias pessoas já falaram que querem fazer parceria comigo, dentre elas a Karol Conká, a Preta Gil e o MC Poze do Rodo. Também desejo ter um próprio programa, pois me saio bem como comunicadora.
Tem algo de que se arrependa amargamente no reality? Difícil, pois acredito que, para a minha realidade, fiz tudo como deveria. Às vezes, penso que talvez devesse ter feito e falado menos, pois quem pouco fala pouco erra, mas acho que se fosse muito calma não teria tido um final mais feliz. Quando vejo a repercussão com o público eu percebo que foi necessário ter esses posicionamentos e feito barulho. Existem as falas consideradas machistas contra a Larissa, mas tenho consciência de que passei três meses no meu limite. Seria desumano me cobrar a perfeição, eu seguro meu B.O. É importante aprender com erros porque ali era tudo real, não sou um Pokémon, não sou de plástico. Fui sensata e educada. Não precisei usar palavras de baixo calão.
De quem leva uma amizade para a vida toda e de quem pegou ranço? O Fred Nicácio eu levo para a vida toda, um irmão da vida. Não sei se teria superado o reality sem ele. E não tenho ranço de ninguém, pois tenho consciência de que fomos obrigados a conviver. Mas para dar uma resposta, uma pessoa com quem tive pouca convivência e que não me conectei bem energeticamente é o Fred Bruno. Desde o começo eu tinha pedido para dar chance de ele me conhecer, mas nunca rolou. Ele é legal, mas quando estou por perto a energia dá uma baixada.
Muitos fãs dizem que você é a campeã moral do BBB 23. O que acha disso? Não posso falar sobre mim mesma, pois dentro da casa só escutava que eu era incoerente e só errava, mas quando eu saio pelas ruas só ouço isso, que sou a campeã moral. Saí numa terça e, no dia seguinte, parece que o ibope foi bem menor —pelo menos é o que me disseram. Muita gente ficou decepcionada com a minha saída. Nada contra ninguém, mas creio que representei o povão, me entreguei ao jogo. Isso vale mais do que o prêmio, mais do que o status de campeã. Não tem dinheiro que pague sair nas ruas, do Leblon ao Alemão [no Rio], e todo mundo falar de você.
A vitória da Amanda foi justa? Ganhei o Miss Alemanha como negra pela primeira vez. Mas saberia perder também. Se ela ganhou, teve mérito. Não vou questionar, sei largar o osso. O que me espera aqui fora é melhor do que tudo. Não vou criticar outra mulher, mas ganhar nem sempre é vencer.
E sobre seu namorado na Alemanha? Vão namorar à distância? A gente continua junto, ele [o empresário alemão Moritz Carlo] virá ao Brasil neste ano. Minha agenda está uma loucura. Vamos nos encontrar lá na Alemanha em breve. Estamos acostumados a passar vários meses sem nos ver, e nunca foi problema. Vai continuar assim. Sou desapegada.
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