Maíra Cardi revela ter desenvolvido burnout: 'Começa sem grandes sinais'
Ela fez um longo desabafo sobre a síndrome nas redes sociais
A influenciadora fitness Maíra Cardi, 38, usou seu perfil no Instagram para revelar que desenvolveu síndrome de bournout após dar à luz a filha Sophia, 3, do relacionamento com o ator Arthur Aguiar. Ela compartilhou fotos amamentando a filha, disse que não conseguiu tirar licença-maternidade e explicou todo o processo até o diagnóstico no feed e stories do Instagram.
"Mesmo estando na fase do puerpério imediato, eu já tive que voltar a trabalhar, tive. Apesar de amar meu trabalho, não voltei a trabalhar com menos de uma semana por opção. Assim como muitas outras mães voltam a trabalhar porque precisam, comigo não foi diferente", afirmou.
Maíra disse que, embora muitas pessoas desconheçam o termo burnout, grande parte das mulheres que são mães já tiveram a experiência do burnout materno. "Tudo começa despretensiosamente, sem grandes sinais. Quando você percebe, você já está extremamente doente e não consegue dar conta de realizar tarefas básicas do dia a dia", explicou.
Maíra falou que as mulheres acabam desenvolvendo a síndrome pela sobrecarga do trabalho doméstico e profissional. Segundo ela, as mulheres esquecem de somar os afazeres da casa e a maternidade com o profissional. "Muitas vezes nos perdemos e passamos a viver apenas para os outros", alerta a influenciadora
No caso da influenciadora, ela conta que o acúmulo da maternidade, trabalho, casamento, separação, Big Brother, a filha Sophia doente e as empresas contribuíram para o quadro. "E ainda somando a intensidade que vivo a vida, veio o burnout. Todos os que podem existir, juntos. Como lidar com isso tudo e os sintomas de tamanho desgaste?", disse Maíra que continuou a falar do assunto nos stories do Instagram.
O termo burnout foi adotado do inglês para descrever o esgotamento profissional. Há livros sobre o recorte geracional da síndrome, celebridades como a ginasta Simone Biles vieram a público contar suas experiências, podcasts e perfis em redes sociais tratam do assunto.
Desde o dia 1º de janeiro de 2022, a síndrome ganhou nova e mais detalhada descrição na CID-11 (Classificação Internacional de Doenças). A mudança é sutil. De uma condição de saúde, ela passa a ser descrita como fenômeno ocupacional, no índice de "problemas associados com estar empregado ou desempregado".
A descrição mais detalhada da síndrome, para além do simples esgotamento profissional, diz que o burnout tem três dimensões que podem ou não ocorrer concomitantemente.
Há a insatisfação profissional que escapa para a vida pessoal, uma sensação permanente de falta de propósito, a despersonalização, quando as pessoas passam a ser vistas como objetos e o trabalhador se expressa por meio de um comportamento cínico, e há a exaustão emocional, que pode ser vista como um estado de apatia profunda.
Um ponto de partida delicado na abordagem do burnout é que não há tratamento definido e único para os que são acometidos pela síndrome.
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