Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Celebridades

Ex-mulher de Depp diz que julgamento por difamação é 'doloroso e difícil'

Amber Heard diz ter sofrido violência física

Atriz Amber Heard
Atriz Amber Heard - Elizabeth Frantz/Reuters
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Cyril Julien
AFP

A atriz americana Amber Heard, 36 , disse, ao testemunhar nesta quarta (4), no tribunal na Virgínia, nos Estados Unidos, que o julgamento do processo de difamação movido contra ela por seu ex-marido Johnny Depp, 58, é o fato "mais doloroso e difícil" que ela já viveu.

"É difícil encontrar as palavras para expressar o quão doloroso é isso", afirmou ao tomar a palavra. "Esta é a coisa mais dolorosa e difícil pela qual já passei", acrescentou a atriz, vestida com um terno escuro e usando pouca maquiagem.

Ela falou também das testemunhas: "Algumas eu conheço, outras não, meu ex-marido, com quem compartilhei minha vida, falando da nossa vida".

O seu depoimento era esperado com impaciência no tribunal de Fairfax, perto de Washington, que transmite o julgamento ao vivo pela televisão e nas redes sociais.

Depp declarou que Heard arruinou sua reputação e sua carreira com um artigo de opinião publicado no jornal Washington Post, em dezembro de 2018, no qual afirmava ter sido vitima de violência doméstica em 2016, sem mencionar o nome do ator.

O ator pede US$ 50 milhões (cerca de R$ 251 milhões) em perdas e danos, que correspondem à renda que teria obtido com seu trabalho se não houvesse sido dispensado de projetos cinematográficos.

A atriz, que estrelou os filmes "Liga da Justiça" e "Aquaman", contra-atacou e pediu, por sua parte, US$ 100 milhões (cerca de R$ 502 mil) o ex-marido.

"ATAQUES DE PÂNICO"

Heard garante ter sofrido "violência física e agressões" desde seu primeiro encontro, em 2009, e durante seu conturbado casamento que durou apenas dois anos, de 2015 a 2017.

Amber Heard sofre de transtorno de estresse pós-traumático como resultado da "violência íntima" causada por Johnny Depp, afirmou um especialista em psicologia na manhã desta quarta (4).

Esses sintomas, observados quando filmou "Aquaman 2", em 2021, "interferiram em sua capacidade" de atuar no longa-metragem, explicou Dawn Hughes, psicóloga clínica e forense convocada pela equipe de advogados da atriz.

"Ela tem que seguir trabalhando, apesar de sofrer ataques de pânico, lembranças difíceis do trauma, palpitações e suor nas palmas das mãos quando pensa sobre isso", afirmou.

O ator, que testemunhou durante quatro dias no final de abril, nega as agressões e garante que a ex-mulher era a parte violenta da relação. Ele admitiu, no entanto, consumir drogas e álcool em excesso, o que –alegou– conseguia controlar na maior parte do tempo.

O nível de toxicidade do casamento era tamanho que, segundo Depp, eles se acostumaram, cada um por si, a gravar as brigas, o que explica os diversos registros mostrados desde o início do julgamento.

Em 2016, a atriz processou o marido por violência conjugal, mas retirou as acusações durante o processo de divórcio.

Em abril de 2018, o tabloide The Sun acusou Depp de ser "um marido violento". O ator processou o jornal, mas perdeu o julgamento.

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem