Meghan Markle vence ação contra jornal que publicou carta dela ao pai
Duquesa teve sua privacidade violada pelo tabloide britânico
Meghan Markle, 39, a duquesa britânica de Sussex, venceu nesta quinta-feira (11) a maior parte de sua batalha legal contra um tabloide depois que um juiz determinou que foi "patentemente excessivo, e portanto ilegal" a publicação de trechos de uma carta particular que ela escreveu ao pai.
A esposa do príncipe Harry, neto da rainha Elizabeth, processou a editora Associated Newspapers depois que seu tabloide Mail on Sunday publicou partes da carta manuscrita que ela enviou ao pai, Thomas Markle, logo após seu casamento em 2018 . Ela não tem uma relação próxima ao pai.
"Depois de dois longos anos de litígio, sou grata aos tribunais por responsabilizarem a Associated Newspapers e o The Mail on Sunday por suas práticas ilegais e desumanizadoras", afirmou.
"Estas táticas (e aquelas de suas publicações irmãs MailOnline e Daily Mail) não são novas; na verdade, acontecem há tempo demais sem consequência. O dano que causaram e continuam a causar é profundo", disse ela em um comunicado.
O juiz Mark Warby considerou que os artigos violaram a privacidade de Meghan, mas disse que algumas questões relacionadas aos seus direitos autorais sobre a carta teriam que ser resolvidas em um julgamento. "A requerente tinha uma expectativa razoável de que os conteúdos da carta permaneceriam privados. Os artigos do Mail interferiram com esta expectativa razoável", disse Warby.
O jornal argumentou que a duquesa sempre pretendeu que os conteúdos da carta viessem a público e que isto fez parte de uma estratégia midiática, observando que, em documentos judiciais, ela admitiu ter debatido o assunto com seu secretário de comunicação.
DUQUESA QUERIA EVITAR PROCESSO
Os advogados da duquesa de Sussex haviam pedido a um juiz de Londres, em janeiro, que decidisse em favor dela o caso envolvendo sua privacidade contra um tabloide britânico sem necessidade de um julgamento, alegando que a publicação não tinha perspectivas de vitória.
No início de uma audiência de dois dias na Suprema Corte de Londres, o advogado de Markle, Justin Rushbrooke, pediu ao juiz que decidisse em favor dela sem a necessidade de um julgamento potencialmente embaraçoso. Ele disse que o jornal não tinha perspectivas de vitória depois de uma violação 'pura e grave' de privacidade para a qual não existe defesa viável.
"Não há perspectiva real de o réu estabelecer que a requerente não tinha (expectativa razoável de privacidade) em relação ao conteúdo da carta; e as alegações do réu em contrário são totalmente fantasiosas", disseram os advogados de Meghan Markle em documentos apresentados ao tribunal.
O jornal argumentou que a duquesa estava disposta a que outros assuntos privados se tornassem públicos se isso fosse adequado aos seus interesses, e justificou publicar partes da carta em resposta a entrevistas que amigos anônimos dela concederam à revista norte-americana People.
Os advogados de um jornal processado por invadir a privacidade de Meghan argumentaram que ela estava satisfeita de ver detalhes de sua vida privada virem a público, citando um livro recente a respeito do casal real para questionar seu apego a privacidade.
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