Felipe Prior diz ser inocente e que nunca cometeu violência sexual
Ex-BBB é acusado de estupro e tentativa de estupro por três mulheres
O arquiteto e ex-BBB Felipe Prior, 27, negou, na noite desta sexta-feira (3), as acusações de que teria estuprado duas mulheres e tentado estuprar uma terceira após festas de jogos universitários. Em vídeo publicado no seu Instagram, ele falou que é inocente e que nunca cometeu violência sexual.
"Estou muito chateado mesmo, muito chateado. Desconheço os fatos apresentados, nunca cometi nenhuma violência sexual contra ninguém. Sou inocente, sou inocente. O que me deixa mais chateado é saber que depois que eu entrei na casa as pessoas apresentaram uma denúncia pesada contra mim. Os meus advogados estão tomando todas as providências e gostaria de dizer ao público que todo o carinho que eles estão me passando está me tornado mais forte. E, para mim, isso é o principal. A minha consciência está muito tranquila", afirmou.
Em texto que acompanha o vídeo, Prior disse, por meio de sua assessoria, que não tem conhecimento do teor das acusações que "jamais cometeu e que jamais cometeria". "Por enquanto, Felipe Prior repudia, veementemente, as levianas informações espalhadas sobre supostos fatos que teriam ocorrido há anos, mas somente agora, depois de ter adquirido visibilidade pública, são manobrados."
O texto informa ainda que o arquiteto está à disposição das autoridades e que "adotará as medidas necessárias contra os que investem contra a sua civilidade".
Os relatos dos supostos crimes, que teriam acontecido entre 2014 e 2018, foram noticiados pela revista Marie Clare e confirmados ao F5 pela advogada Juliana de Almeida Valente, que representa as vítimas.
Segundo a advogada, os três crimes teriam acontecido após festas dos jogos universitários InterFAU, que são realizados anualmente e reúnem alunos de várias faculdades de arquitetura de urbanismo do estado de São Paulo. As três mulheres não teriam registrado boletim de ocorrência na ocasião por vergonha e medo.
ENTENDA AS ACUSAÇÕES
Uma das vítimas afirma, segundo a advogada, que estava com uma amiga, em uma festa de comemoração dos jogos universitários na cidade de São Paulo, quando pegou carona com Prior. Ela conta que, depois de deixarem a amiga em casa, ele teria encostado o carro em uma rua escura e teria ido para cima dela, que estava embriagada.
Prior teria puxado a jovem para o banco de trás e teria forçado a relação sexual de forma violenta e incisiva, apesar de ela dizer não. A violência teria provocado um ferimento na região vaginal da vítima, o que teria levado a um grande sangramento. Ele então teria parado e se oferecido para levá-la ao hospital, o que ela teria recusado.
A jovem teria ido posteriormente ao pronto-socorro, onde teria sido questionada sobre um possível abuso sexual, mas ela teria se recusado a falar sobre o ocorrido por vergonha. Segundo a advogada, ela ficou uma semana de cama e posteriormente teve abalo emocional, crise de pânico e dificuldade em relacionamentos.
Outro caso teria ocorrido na cidade de Biritiba Mirim, interior paulista, durante o InterFAU 2016. Segundo a Marie Clare, ela acompanhou Prior até sua barraca de camping, mas teria desistido da relação sexual por não ter camisinha. Ele então teria tentado força-la e impedi-la de deixar o local, mas ela teria conseguido se desvencilhar.
Valente afirmou que a vítima resolveu procurá-la apenas depois do início do Big Brother Brasil 20, após um tuíte apontar casos de assédio e abuso relacionados a Prior. O post acabou sendo apagado pela autora, mas a partir daí a jovem encontrou as outras duas vítimas.
O caso mais recente teria acontecido em 2018, também no InterFAU, em Itapetininga. Ainda de acordo com a revista, ela também teria aceitado ir até a barraca de camping do arquiteto e teria tido relações sexuais com ele, mas em certa altura ele teria passado a ser agressivo e ela falou que não queria mais, mas ele não teria parado.
O InterFAU afirmou, em nota, que Prior não poderia ingressar e tampouco participar das atividades do evento desde outubro de 2018, justamente por causa de denúncias envolvendo-o em casos de assédio “além de uma acusação de crime sexual durante o InterFAU de 2018”.
“A comissão organizadora, através dos deveres atribuídos a ela, visando garantir a segurança e o bem estar de todos no evento, se reuniu no dia 28 de outubro de 2018, onde foi deliberada a expulsão permanente de Felipe Prior das demais edições do InterFau”, afirmou a nota.
A advogada das três vítimas encaminhou uma notícia crime à Justiça. Segundo ela, o caso agora poderá dar origem a um ou mais inquéritos, a depender da decisão do Ministério Público. A partir daí, as denúncias serão apuradas e poderão levar Prior à julgamento.
Comentários
Ver todos os comentários