Celebridades

Klebber Toledo diz que busca mais espaço e que quer desconstruir o estereótipo de bonitão

Para ele, vaidade excessiva do ator interrompe processo criativo

Klebber Toledo

Klebber Toledo Bruno Poletti - 23.out.16/ Folhapress

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Rio de Janeiro

Considerado um dos galãs da televisão atualmente, o ator Klebber Toledo, 32, afirma que ainda batalha por espaço e que busca papéis que sejam capazes de desconstruir o estereótipo do bonitão de olhos claros e cabelo ajeitadinho. “Quero trabalhar em coisas diferentes, mas preciso que as pessoas acreditem nisso”. 

“A gente tem rótulos dentro do nosso formato artístico. Quando buscam um vilão, olham para mim e me acham com cara de bonzinho. E eu acho que não é por aí. Tudo é uma questão de construção. Gosto muito do diretor que não busca o ator pronto, mas sim que o transforma em algo diferente”, afirma o ator. 

No ar atualmente como o tímido e desajeitado Patrick, em “Verão 90” (Globo), Toledo afirma que percebeu o quanto a vaidade do ator pode ser nociva quando trabalhou na direção artística do musical “Isaurinha - Samba, Jazz & Bossa Nova” (2009-2010).

“Vi os meus colegas ali com uma vaidade que interrompeu o processo criativo em vários momentos. Então me coloquei num lugar em que minha vaidade nunca foi para prejudicar o trabalho. Até na vaidade de acertar, às vezes a gente erra, porque faz demais”, avalia o ator. 

Foi justamente por querer se afastar de estereótipos que Toledo cogitou não aceitar seu papel em “Verão 90”. No entanto, ele acabou mudando de ideia. 

“Quando o Jorginho [Fernando, diretor] me chamou, eu estava vindo de ‘Ilha de Ferro’ (Globoplay), em que eu tinha um personagem super denso que eu adorava fazer. Pensei: ‘Meu Deus, lá vou eu para aquele caminho de ter que tirar a camisa…’ Mas depois eu refleti. Qual o problema? Tenho 32 anos agora, não terei pra sempre. E eu vou estar contando uma história legal para caramba, solar, que quica na comédia. Isso é desafio. Então está tudo certo.”

E se a proposta da trama de Izabel de Oliveira e de Paula Amaral era fazer humor, Toledo disse à Folha que não economizou. “Na comédia, você não pode duvidar e nem dar 100%. Você não pode sair descontrolado. Aprendi com a Claudia [Raia] e com o Jorge [Fernando], que é interessante jogar pro público construir, jogar aquele olhar que ele vai ficar pensando junto com você. Sua energia tem que estar inteira ali, o jogo tem que acontecer.”

E falando em Cláudia Raia, o ator não poupa elogios à intérprete da divertida Lidiane na trama: “Ela não tem rótulos, é a Cláudia Raia mesmo. E não fica na zona de conforto. Vejo ela como chefe de família, uma mulher muito forte, que sabe o que quer e que produz cultura para o país. É um grande exemplo. Encontrei nela uma amiga”. 

Elogios também não faltam para sua mulher, a atriz Camila Queiroz, 25, que faz a vilã Vanessa na trama. “Minha mulher está arrasando. Acho que é um dos melhores trabalhos dela”, avalia o Toledo, que conta com dicas dela. “Já queremos fazer certo, sem testar muito [risos]. Mas a gente tira dúvidas, pergunta o que o outro pensa”.

Casados desde agosto de 2018, os atores ainda não fizeram uma viagem de lua de mel, mas Toledo garante que eles “vão dar uma sumidinha” em breve. “Com certeza vamos viajar. Não sabemos para onde iremos. Somos assim mesmo, decidimos na hora.”

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