Celebridades

Do Vidigal a musicais da Broadway: Tiago Barbosa afirma que quer inspirar crianças da periferia

Ator carioca interpreta Simba e está em cartaz em Madri, na Espanha

Ator já interpretava o personagem no Brasil
Ator já interpretava o personagem no Brasil - Reprodução/Instagram/Tiago
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Beatriz Fialho
São Paulo

Nascido no Rio de Janeiro, Tiago Barbosa, 33, se tornou um ator polivalente: canta, dança e interpreta. Sua paixão inicial, pela música, aumentou quando se mudou para o Morro do Vidigal e passou a integrar ONGs que fomentavam a cultura.

Em 2012, ele participou do programa Ídolos (Record TV) e ficou entre os oito melhores. No ano seguinte, fez audições para o papel de Simba na versão brasileira do musical “O Rei Leão”, da Broadway. O teste final para o papel foi acompanhado por Julie Taymor, uma famosa produtora de musicais da Disney. “Ela estava super emocionada e me chamou para abraçá-la”, lembra ele.

Ele virou um dos protagonistas e o espetáculo ficou dois anos em cartaz no Brasil. Ele também participou de outras produções nacionais, como "Cinderela" e "Mudança de Hábito". “Fui o primeiro príncipe negro no mundo a fazer o musical de Cinderela, rompi um paradigma. A quebra desses estereótipos, desses padrões que a gente ainda vive, é um respeito às diferenças.”

Tiago Barbosa foi, então, convidado para reviver Simba, dessa vez em Madri, na Espanha. No começo, ele seria do elenco de apoio, que assume caso o ator ou atriz em cena não possa participar.

Mas Tiago, que sempre gostou de estudar, se aperfeiçoou no espanhol para não dar “mole para o mercado” —e estreou como ator principal da atual temporada, que começou em agosto. “Foi literalmente como se eu estivesse estreando porque é uma língua diferente, uma equipe diferente.”

Às segundas-feiras, dia em que não está encenando no teatro, tira um tempo para cuidar de sua saúde. "Todo mundo quer a coroa mais só quem a carrega sabe como pesa. Ter saúde é uma exigência e uma disciplina porque eu entendi que preciso estar com o corpo em forma para poder trabalhar."

Quando volta ao Brasil esporadicamente, ele aproveita o tempo aqui para fazer o que ama: proliferar a arte e incentivar jovens da periferia através de trabalhos sociais e workshops gratuitos. "Tento sempre devolver, socialmente falando, tudo aquilo que tenho recebido. Incentivo-os a dar um passo, sabendo que é difícil, mas que eles podem contar uma nova história."

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