Pessoas tentam tapar o sol com a peneira, mas preconceito ainda acontece, diz Ludmilla
Funkeira diz que, mesmo famosa, ainda sofre discriminação
A funkeira Ludmilla, 23, é a segunda artista mais escutada no Spotify Brasil e fez turnê pela Europa no começo do ano. Mas o sucesso não foi suficiente para acabar com o preconceito vivido pela cantora.
“Já sofri muito e ainda sofro [preconceito]. Teve marca que queria uma cantora para representá-la, mas por ser negra disse que eu não servia. As pessoas tentam tapar o sol com a peneira, mas ainda acontece demais. Não é mimimi”, afirmou a cantora, capa da edição de julho da revista Joyce Pascowitch, que já está nas bancas.
A fama a diverte. Em dezembro, Ludmilla reuniu mais de 20 mil pessoas em um show em Angola e diz que se sentiu como a Beyoncé. “Quando cheguei ao aeroporto, me perguntaram: "você sabe que tem um batalhão lá fora te esperando?" Era tipo estrela internacional."
A cantora, nascida em Duque de Caxias, no Rio, falou ainda de sua relação com a beleza. “Cresci achando que meu cabelo era errado, o mais feio do planeta e andava com várias pessoas que alisavam. Ter cabelo cacheado ou crespo não existia para mim”, diz ela. “Hoje, aprendi a usá-lo e entendi que todos nós somos bonitos, basta a gente botar para fora e confiar mais na gente.”
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