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Celebridades

Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank pedem boicote a Júlio Cocielo: 'Isso é Racismo'

Youtuber, que está na Rússia, fez tuíte racista sobre jogador Mbappé

Os atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank
Os atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank - Zanone Fraissat-7.fev.2018/Folhapress
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São Paulo

Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, que já tiveram experiência com racismo quando a filha do casal foi chamada de "macaca com cabelo de bico de palha" por uma socialite, usaram suas redes sociais para criticar a postura do youtuber Júlio Cocielo e pedir que as pessoas deixem de segui-lo no Instagram.

A atriz publicou uma seleção de post de Cocielo em redes sociais, com as palavras racista, machista e misógino, e a seguinte frase: "Odeio ter que postar coisas tão repugnantes e tristes como essa...mas é necessário! Ainda fico chocada como podem existir pensamentos como desse tipo de pessoa...isso NÃO EH UMA BRINCADEIRA E NUNCA FOI!!! Isso é RACISMO!".

Já Gagliasso fez um repost de uma publicação da jornalista Isabela Reis. "Você tem noção do que são 11 milhões e 200 mil pessoas? Eu ajudo. É a população inteira da Bélgica. É um milhão a mais do que a população de Portugal. São 143 Maracanãs lotados. São todas as pessoas que ainda estão apoiando diretamente um influencer assumidamente racista. Temos que cobrar posicionamento das marcas que o patrocinam, é claro. Mas são os outros famosos que ainda o seguem e, principalmente, as pessoas comuns, anônimas, que verdadeiramente me preocupam. Apoiar uma pessoa racista é ser conivente, sim", dizia o texto da jornalista.

O youtuber Júlio Cocielo, 25, causou polêmica ao escrever no sábado passado (30) no Twitter que o jogador da seleção francesa Kylian Mbappé, que é negro, “conseguiria fazer uns arrastão top na praia hein? [sic]”. Era uma referência ao jogo entre França e Argentina da Copa do Mundo, no qual o atacante fez dois dos quatro gols da vitória francesa.

O post foi considerado racista por internautas, que vasculharam o perfil de Cocielo e encontraram outras postagens ofensivas de anos anteriores. Em mensagens de 2013, por exemplo, ele disse que só seria possível deixar de fazer piadas de negros caso eles fossem exterminados. No mesmo ano, falou que não faria vídeo sobre o Dia da Consciência Negra porque na cela não havia wi-fi.

Cocielo apagou o tuíte e publicou uma nova mensagem em que pediu desculpas e afirmou que o comentário se referia à velocidade de Mbappé e não à sua cor de pele. “O tweet foi interpretado de mil formas diferentes e gerou uma grande discussão. Decidi deletar pois nunca fui de entrar em polêmicas, mas já era tarde demais, tinha tomado uma proporção enorme.”

Também disse sentir vergonha dos comentários antigos que foram localizados em seu microblog. “Na época, esses comentários infelizes tinham uma interpretação totalmente diferente de hoje, um momento delicado. Muitas vezes fui irônico, muitas vezes estava zoando entre amigos, muitas vezes só queria ser o engraçadão, e são coisas que eu nem lembrava ter escrito.”

O jovem influenciador, nascido em Osasco, na Grande São Paulo, tem 7,4 milhões de seguidores no Twitter, 11,2 milhões no Instagram e 16,2 milhões de inscritos no seu Canal Canalha, no YouTube. Ele fala principalmente sobre jogos online.

Os patrocinadores do youtuber, atuais e passados – uma lista que inclui Coca-Cola, McDonald’s, Itaú, Adidas e Submarino – repudiaram sua atitude. Alguns chegaram a tirar comerciais do ar. Todos juraram ser contra qualquer tipo de discriminação.

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