'Acho louco que tem gente que reclama do politicamente correto', diz Tainá Müller
Para a atriz Tainá Müller, 35, que é de Porto Alegre (RS), no seu Estado "essa coisa do macho é ainda mais impregnada".
"Acho louco que tem gente que reclama do politicamente correto. Dizem assim: 'Ai, que mundo chato, não dá mais pra ser machista, homofóbico, racista. Tá muito chato, não posso me divertir'. Reclama porque não é com eles, né? Um absurdo", disse a atriz em entrevista a revista "Cosmopolitan" de janeiro.
À publicação, a intérprete da Aurora em "Do Outro Lado do Paraíso", atual folhetim das nove da Globo, também falou sobre violência doméstica —sua personagem na trama de Walcyr Carrasco, que namora Gael, papel interpretado por Sérgio Guizé, sofre num relacionamento abusivo.
"A cultura machista é muito predominante. Essa brutalidade masculina os aprisiona também. Muitos homens têm essa atitude violenta para afirmarem sua masculinidade. O Gael, de certa forma, não deixa de ser vítima dessa cultura também."
Müller, que é integrante de um grupo de atrizes, diretoras e produtoras que se reúne para estudar feminismo com as filósofas Marcia Tiburi e Djamila Ribeiro, educa seu filho, Mrtin, quanto ao assunto.
"Vejo que desde cedo os meninos são instigados e cobrados a se afirmar pela violência, com lutinhas, com super-heróis. Não quero isso pra ele, diz. Também quero ensiná-lo a cuidar porque em geral ensina-se a menina a cuidar e o menino a ser cuidado."
Publicação do Grupo Abril, a "Cosmopolitan" de janeiro chaga às bancas nesta sexta (5).
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