Celebridades

Cabeção nega uso de drogas e tenta voltar à fama com quadro no 'Pânico'

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De terno e tipoia no braço (que quebrou num acidente de skate) Sérgio Hondjakoff, o Cabeção, procurou adotar uma postura de seriedade para falar ao "F5" sobre seu projeto como funkeiro.

Ele não usa mais o cabelo raspado com topetinho loiro, nem os brincos de argola que marcaram seu personagem em "Malhação", em 2000.

O irresistível fascínio dos famosos que estão por baixo

Mas o nome ficou, e é com ele que o cantor e ator está se lançando no funk. Sim, Sérgio continua trabalhando como ator paralelamente à carreira musical. Entre outros projetos, ele estreia em breve o filme "Licença Premium", gravado na sua eterna "Brasila", em que faz um cientista maluco.

"O hamster aparece mais do que eu. Tenho três cenas", revelou Serginho, como prefere ser chamado fora do universo do funk. "Cabeção é um personagem", explica seu sócio, Dino Boyer.

O clipe de "Paulistinha", gravado em uma tarde e produzido pelo "Pânico na Band", conta uma história vivenciada por Dino, que compôs a letra. A parceria com o humorístico é vista pela dupla como um passaporte para o sucesso. "O Serginho agora volta para a mídia com força total", explica Dino sobre o quadro "Fazendo as Pazes com o Sucesso", que eles estão estrelando no dominical —mas como convidados, sem contrato com a Band.

"OFF-GLOBO"

Serginho jura que não se incomoda com o estigma de "ex-famoso" e com o viés humorístico do quadro do "Pânico".

"Na verdade, eu voltei para a mídia no ano passado, com o 'Vídeo Show'. Já me senti de volta à fama", conta. "Não fico nem um pouco triste, artista tem que batalhar mesmo. O Ary Fontoura me falou: 'você tem que dar graças a Deus por ter um rosto, um nome conhecido. Eu não sei exatamente seu nome, mas sei quem é você e lembro da sua fisionomia'", relatou.

"A mídia pega no meu pé quando não estou na Globo. Estar na Globo ou não, isso não quer dizer nada. Aliás, fora da Globo tem muito mais oportunidade de se expressar", desabafa.

No funk, ele caiu meio de pára-quedas: "Nunca toquei nenhum instrumento, não toco violão, não sou DJ", confessa ele, que no entanto, já teve um grupo musical infantil e fez canto lírico quando criança —experiência que usa nos duetos com Dino.

"Aqui no Brasil, as pessoas têm mania de querer focar: ou é bailarino, ou ator, ou atleta. Mas no mundo inteiro, as pessoas fazem tudo ao mesmo tempo e dá super certo", explica ele, que no início da carreira, sonhava em ser ator de musical: aquele que domina o drama, o canto e a dança.


SERIEDADE

Mesmo adotando o apelido do personagem de "Malhação" (que na trama tinha um nome, Arthur), Serginho não está disposto a tirar sarro de si mesmo. A ideia da dupla de funk é ser um trabalho sério. Ele diz não se importar com o fato de que parte da audiência venha de sites de piada e internautas que ridicularizam seu trabalho.

"Isso não vai mais acontecer. Quando a gente fechar contrato com uma grande gravadora, ninguém mais vai achar graça", dispara. "Lá na festa do Viva [de cinco anos do canal], o pessoal não acreditava que era sério. Falavam: 'mas é sério, isso?'. E é sim".

Com um ano de "estrada" e duas músicas próprias, a dupla preenche a set list dos shows com sucessos de outros artistas, não necessariamente de funk: Tim Maia, Ivete Sangalo, O Rappa, Charlie Brown Jr., MC Sapão, MC Marcinho, e seus musos inspiradores, Claudinho e Buchecha.

CARETA

Serginho ficou constrangido quando questionado sobre drogas e o vídeo em que aparece numa festa em "Brasila", hit do YouTube de 2004. Na internet, o vídeo até hoje repercute fama de "doidão" para o ator, que acusa a edição de tê-lo prejudicado.


"Tinha muitos atores naquela festa, todo mundo deu entrevista, mas eu com aquela mania de querer ser irreverente, mesmo estando cansado, com sede, com fome e de saco cheio... Não gostei da edição, colaram tudo o que eu falei de um jeito que parece que eu estou alucinado. Foi de má fé. Fiquei com fama de doidão", reclama ele, que diz não gostar de nenhum tipo de droga.




"Procuro saber sobre os efeitos, mas não preciso usar para ter o meu veredito", despista. Sobre sua descontração nas resdes sociais, ele desvia do assunto e se defende: "Nunca fiz zoeira na internet, os outros é que ficam de zoeira comigo".

PEÃO?

E já que o objetivo é voltar para a fama a (quase) qualquer custo, Serginho não descarta entrar na oitava edição de "A Fazenda" (Record), caso for convidado. O ator, ex-Record, já recebeu um convite para outra edição do reality rural, mas na época optou por ficar no "Vídeo Show". A empreitada não deu muito certo: ele ficou apenas três meses na atração, o mesmo tempo de duração da "Fazenda".

"Pode ser legal [para a carreira] como pode não ser, tudo é relativo. Quem me conhece fala que eu não ia durar muito, porque sou relaxado, bagunceiro, hiperativo, que seria eliminado logo no começo. Eu gostaria de viver esse desafio", aposta.


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