KLB fala sobre volta aos palcos após sete anos e lamenta ausência do pai
Banda retorna aos palcos para comemorar 22 anos de carreira
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Já faz mais de duas décadas desde que os irmãos Kiko, Leandro e Bruno formaram o trio musical KLB, mas a sensação é como se estivessem estreando tudo agora. "É a mesma emoção", afirma Leandro sobre o lançamento da turnê "20+2 Experience", que começa no dia 11 de junho, com show em São Paulo.
A sensação é justificada. Além da celebração pelos 22 anos do grupo, a turnê também marca o retorno dos irmãos aos palcos depois de uma pausa de sete anos. Nesse período, o KLB fez apenas uma apresentação, para atender aos inúmeros pedidos dos fãs.
"Subir no palco depois de vários anos é maravilhoso. A gente sempre fez isso e costuma dizer que a música sempre foi literalmente o sustento na minha casa e que colocou alimento no prato da nossa família desde o meu pai [Franco Scornavacca foi músico e empresário de artistas]", afirma Kiko.
Kiko conta que eles tinham programado a turnê para 2020, mas com a pandemia de Covid tiveram que adiar por dois anos, por isso o nome "20+2 Experience". "Depois de 22 anos, parece que a gente está se lançando hoje, que é o nosso primeiro programa de TV, primeiro show", afirma Leandro.
O trio, que liderou as principais paradas das rádios com as baladas românticas "A Dor desse Amor" e "Ela Não Está Aqui", já comemora o sucesso da turnê que nem começou. "No primeiro dia de venda dos ingressos já caiu o site, tudo esgotado e isso para a gente é um combustível para fazer coisas novas e pensar em um álbum novo", comemora Bruno.
Nesta turnê, o grupo também fará um encontro pago com fãs –meet & greet– como fazem astros internacionais, como Justin Bibier e John Mayer. Os fãs receberão um kit e acompanharão a passagem de som do grupo com direito a duas músicas que não estão no playlist do show. "Eu sou fã de algumas bandas também e eu sei que esse momento é, às vezes, mais esperado que o próprio show", diz Leandro.
No playlist do show, os fãs poderão cantar junto com o KLBs músicas antigas e aprender a nova música —que não teve o nome divulgado, mas será lançada com seu clipe nos próximos dias. "Espero que a galera curta muito essa música, por enquanto é uma só. Mas temos algumas ideias de fazer captação [de recursos] para que esse show vire um DVD", revela Kiko.
Os três irmãos afirmam que, mesmo vendo agora o sucesso de bilheteria dessa turnê, não se arrependem da pausa de sete anos na carreira. Bruno diz que a parada foi muito boa para respirar porque eles faziam 150 shows por ano, ficavam longe da família e ainda tinha o estresse das viagens. "Eu comecei com 15 anos e passei praticamente a minha adolescência viajando."
Fora dos palcos, eles exerceram atividades diferentes. Leandro assumiu em 2013 a vaga de deputado estadual por São Paulo. Kiko investiu em uma empresa voltada ao turismo em Orlando, nos Estados Unidos, e produziu um álbum do Zezé Di Camargo e Luciano (2016). Já Bruno aposta em um projeto de música eletrônica e teve uma curta carreira de lutador de MMA, com dois combates.
Nesta volta, eles apenas lamentam a ausência do maior incentivador de suas carreiras: o pai, Franco Scornavacca, que morreu em 2018 no dia de único show do grupo nesses sete anos de hiato, que acabou remarcado e aconteceu em Curitiba. Scornavacca foi músico na Jovem Guarda e empresário dos filhos e de grandes nomes da música brasileira, como Lulu Santos, Leandro e Leonardo e Zezé Di Camargo.
"Com certeza o nosso pai era o maior incentivador da nossa carreira. A gente teve a maior escola que alguém poderia ter dentro de casa", afirma Bruno. "Cantar sem o pai é muito difícil, ele extraia de mim sempre o melhor", completa Leandro.
"Eu tenho certeza que a cada dia, cada show, cada momento pessoal e profissional do KLB será sempre uma eterna homenagem a ele", diz Kiko