Rosana Hermann

Gêmea de Key Alves diz que irmã comprou seguidores

Dupla poderia ser a versão da vida real do que foram Ruth e Raquel um dia na ficção

Key Alves (esq.) e Keyt Alves (dir.) em material gravado antes da entrada da primeira no BBB - @keyt.alves no Instagram

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Para alguns milhões de pessoas, Key Alves poderia ser chamada de um "exemplo perfeito de sucesso", que tem tudo o que quase todas as garotas gostariam ter: rosto perfeito, corpo atlético, fama, fortuna e milhões de seguidores nas redes sociais, tudo conquistado em apenas 23 anos de vida.

Mas não é o que pensa Keyt Alves, irmã gêmea de Key e também jogadora de vôlei. Num áudio divulgado por Leo Dias na quarta-feira (18), Keyt comentou que Key teria mudado totalmente seu comportamento depois de participar do Big Brother Brasil 23 (Globo). Mesmo tendo sido a oitava eliminada, Key fez muito sucesso com o público e chamou a atenção de Boninho, que escolheu a atleta para fazer um intercâmbio no reality show La Casa de los Famosos no México.

Keyt disse que a irmã se tornou "inacessível", que ninguém na família consegue falar com ela e comentou que Key teria perdido totalmente a humildade. Essas declarações fazem todo sentido, já que a própria Key Alves parece ter ficado deslumbrada com a descoberta de seu poder como influenciadora, tanto é que ela largou a carreira de atleta para trabalhar com "entretenimento".

Um dos motivos parece ter sido financeiro. Em março, a empresária de Key revelou que seu salário como atleta era de R$ 3 mil na temporada 2022/2023, valor baixíssimo se comparado a sua renda na plataforma Onlyfans.

A parte mais bombástica desse áudio, no entanto, foi outra: segundo Keyt, mais de 99% dos seguidores do Instagram da irmã seriam comprados e que sua base verdadeira seria apenas de 100 mil pessoas. Será que Key Alves comprou mesmo seus seguidores? E, se comprou, quantos de seus 12 milhões de followers seriam fake?

Resolvi usar algumas plataformas gratuitas que auditam perfis do Instagram para ter uma ideia, ainda que não seja muito precisa. O Hypeauditor, por exemplo, dá um resultado muito baixo de engajamento para o perfil de Key, apenas 5.55%. E mais: de 0 a 100 na medida de qualidade dos seguidores, seu perfil ficou apenas com a nota 34.

No site PathSocial, o engajamento foi ainda menor, 5.4%. Já o Modash, que audita o perfil por amostragem, mostra um relatório chocante: 46.55% dos seguidores do perfil @keyalves no Instagram seriam fake. Ou seja, quase metade do total, seis milhões de seguidores falsos.

Mas há um dado a ser considerado aqui: um relatório do HypeAuditor de 2021, indicava que 45% de todas as contas do Instagram são bots, perfis falsos e inativos. E mais, em 2022, a firma de cibersegurança Imperva revelou que, praticamente, metade de todo o tráfego da Internet é de bots.

Talvez seja dentro desse espírito de falsidade geral que Key Alves venha operando, junto com tanta gente. Porque ela confessou que mentiu no BBB ao dizer que ganhava R$ 200 mil por mês no Only Fans, como uma jogada de marketing. E também publicou sua "nova mansão" de R$ 20 milhões, que depois descobrimos ser alugada e não comprada.

De qualquer forma, não cabe a nós julgar a personalidade ou o comportamento da influenciadora. Mas faz a gente pensar sobre esse mundo das redes, lotado de marketing, mentiras e de falsidades. Faz a gente pensar no que é verdadeiro e no que é ilusão. E ponderar se Keyt e Key poderiam ser a versão da vida real do que foram Ruth e Raquel um dia na ficção.