De faixa a coroa
Descrição de chapéu Miss Universo

Miss Universo 2023: Brasileira vai usar vestido de R$ 100 mil na final; veja croqui

Peça exclusiva para Mari Brechane é assinada pela estilista gaúcha Daniela Setogutti

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São Paulo

Na noite deste sábado (18), a partir das 22h (horário de Brasília), acontece a final do Miss Universo 2023. Na ocasião, a gaúcha Maria Eduarda Brechane, 19, que encara o desafio de tentar garantir uma classificação do país no concurso, vai usar um vestido avaliado em R$ 100 mil. A peça exclusiva foi feita sob medida para ela pela estilista gaúcha Daniela Setogutti.

Com exclusividade para a coluna, a a designer de moda contou que o vestido da final é intitulado de "Deusa do Sol e da Lua". "Quisemos homenagear as diferentes culturas, já que a lenda dessa deusa é conhecida e interpretada de diversas formas ao redor do mundo", revela sobre o storytelling do look.

"Para a concepção, observamos as fases da lua, suas ilustrações, fábulas e a mitologia brasileira. Esses astros sempre influenciaram na vida das pessoas, assim, apresentam a mesma característica de Maria em querer influenciar pessoas ao redor do mundo todo".

O vestido longo, ainda de acordo com Setogutti, é inteiramente bordado a mão sob tule ilusion italiano, com uma saia rodeada por franjas e uma fenda alta. Conta com um mix de cristais Swarovski genuínos em tons de azul. Ao longo do bordado, há ainda cristais dourados em pontos específicos, que representam a luz do sol refletida sobre a lua.

O croqui do vestido que Maria Brechane vai usar na final do Miss Universo 2023 - Divulgação

"As cores dos cristais nessa montagem representam a conexão com o vestido da preliminar, que é em tons de amarelo e dourado", adiciona a modista. O look é acompanhado por joias exclusiva assinadas por Daniele Silva Alta Joalheria, avaliadas em aproximadamente R$ 85 mil –assim como no look da preliminar.

Um grupo de 85 misses disputam a coroa que hoje pertence à norte-americana R'Bonney Gabriel, 29. Vale lembrar: nas duas últimas edições do Miss Universo, as brasileiras Mia Mamede (2022) e Teresa Santos (2021) não fizeram o primeiro corte, ou seja, não obtiveram classificação para o Brasil. O fato aumenta a pressão para Maria Brechane que, se vencer, pode quebrar um jejum de 55 anos, já que a última Miss Universo Brasileira foi a baiana Martha Vasconcellos, em 1968.

Antes de Maria Brechane, Daniela estima que tenha trabalhado ao todo com mais de 50 misses. A parceria com o mundo das faixas e coroas estimula seu negócio e, segundo ela, fizeram o atelier, que fica em Novo Hamburgo (RS), crescer bastante. O boom aconteceu após vestir a também gaúcha Julia Gama, que finalizou o Miss Universo 2020 como vice-campeã.

VESTIDO AMARELO DA PRELIMINAR

Daniela também assinou o traje de gala amarelo que Maria Brechane usou na etapa preliminar do Miss Universo, no último dia 15. O vestido foi intitulado de "Deusa do Sol" e também era acompanhado por joias exclusiva assinadas por Daniele Silva Alta Joalheria, avaliadas em aproximadamente R$ 85 mil.

Segundo a empresária, que trabalha há 23 anos no ramo da moda, essa primeira peça precisou de mais de 30 metros de tecido em sua criação e levou cerca de um mês para ficar pronta. Entre seus detalhes, possui saia fluída confeccionada em gazar de seda, uma fenda alta nas pernas e uma asa unilateral que finaliza a composição. O corpo da roupa foi bordado com cristais genuínos da Swarovski.

Daniela e Maria têm uma parceria desde a participação da modelo na etapa estadual, até a nacional, quando usou um vestido azul inspirado na relação da miss com as águas. "Ouso dizer que ela é a miss mais objetiva com quem já trabalhei, pois não precisamos refazer nenhuma peça e o resultado final emociona. Estamos muito confiantes com o trabalho feito, nossa Miss Brasil vai brilhar".

"Muitas mulheres queriam usar um vestido da mesma estilista da Miss Universo Brasil e vice Miss Universo. Então acredito que os concursos de beleza são uma grande vitrine para o meu atelier. Além de contribuir para o meu negócio, é muito gratificante poder fazer parte da história dessas mulheres sonhadoras e determinadas", explica.

Para se ter uma ideia, a designer de moda conta que a primeira miss que vestiu foi em 2018 e, até hoje, o vestido em questão já foi locado mais de 100 vezes.

"Ao trabalhar com misses, sinto muito reconhecimento. Então sou grata pela oportunidade e por Maria escolher o meu atelier em todas as etapas. Ao longo dos anos que trabalho com misses, já recebi muitos elogios e críticas, mas nunca entreguei um vestido sem emocionar essas mulheres que sonham em representar a sua cidade, o seu estado, país e, até mesmo, o universo", conclui.