De faixa a coroa

Miss Brasil Mundo terá uma das edições mais acirradas; veja candidatas

Concurso acontecerá em agosto e terá miss trans pela 1ª vez

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Com a maior parte das candidatas ao Miss Brasil Mundo já eleita há mais de um ano, a disputa promete ser acirrada. O longo tempo de preparo aumenta a ansiedade das misses e deve elevar o nível da competição, além disso, o hiato nas disputas de beleza criou uma demanda reprimida no público, que está com as expectativas a mil.

Por enquanto, se o plano de imunização nacional seguir sem solavancos, o certame acontecerá entre os dias 16 e 19 de agosto, em Brasília. Ele estava previsto inicialmente para o primeiro trimestre de 2020, mas sofreu sucessivas remarcações de acordo com os altos e baixos da pandemia da Covid-19.

“A série de adiamentos da etapa brasileira não trouxe desânimo para as meninas. Muito pelo contrário, deixou todas com mais vontade de vencer”, afirma Marina Fontes, diretora do concurso. “Curiosamente, os estaduais do próximo ano já estão acontecendo. Santa Catarina, Bahia e São Paulo já se adiantaram”, ressalta ele.

Segundo Fontes, todo o protocolo de distanciamento que foi aplicado no Miss Brasil Supranational, em dezembro passado, será repetido. As etapas serão todas realizadas dentro do hotel Brasília Palace, a portas fechadas, e a final será dentro de um estúdio sem plateia, com transmissão online.

Desde 2015, não há desfile em traje de banho no certame. Fazem parte das provas preliminares, valendo pontos classificatórios, a competição top model, desfile em traje de gala e entrevista com os jurados. Além disso, todas as misses apresentam projetos sociais dos quais participam ou criaram na etapa “beleza pelo bem”.

No Miss Brasil Mundo, além das unidades de federação, as misses também podem representar regiões turísticas brasileiras. Isso explica o total de 48 candidatas da edição. Além disso, a modelo Larissa Han vai representar a comunidade coreana no país, com a faixa de Miss Coreia Brasil.

Este ano, um ponto de atenção é que, pela primeira vez, uma candidata trans vai competir pelo título. Trata-se da goiana Rayka Vieira, 26, eleita em setembro passado Miss Centro Goiano.

A vencedora vai disputar a 70ª edição do Miss Mundo, em 16 de dezembro, em Porto Rico. Essa será a primeira vez que o mundial acontecerá em um país latino. A edição do ano passado foi suspensa pela pandemia, o que estendeu o reinado da jamaicana Toni-Ann Singh, ganhadora da coroa em dezembro de 2019, em Londres.

DOIS ANOS DE REINADO

Como aconteceu no Miss Mundo, a pandemia também dará à mineira Elis Miele, 22, o reinado mais longevo do Miss Brasil Mundo, etapa nacional da franquia, nos últimos 30 anos. Ela foi eleita em 3 de setembro de 2019, e vai fechar um ciclo de quase dois anos no posto.

Apenas a pernambucana Simone Augusto, eleita em 1987, teve um reinado mais longo, tendo passando a coroa apenas em 1990. Na época, o hiato na competição foi provocado por um problema no direito de transmissão do concurso, que ficou dois anos sem ser realizado.

Antes da pandemia, Elis Miele representou o Brasil no Miss Mundo, e fez bonito por lá. Na final, realizada em dezembro de 2019, ela teve um desempenho espetacular e ficou entre as cinco finalistas, trazendo para a casa a faixa de Miss Mundo Américas.

O Miss Mundo é um dos principais concursos de beleza do planeta. Comandado pela Miss World Organization, que também realiza o Mister Mundo, ele faz parte do chamado grand slam da beleza, onde estão também o Miss Universo, o Miss Supranational, o Miss Grand International e o Miss International.

Apesar de ter sido lançado em 1951, o Miss Mundo começou a contar com representantes brasileiras apenas em 1958, sendo a pernambucana Sônia Maria Campos a primeira representante do país. A única brasileira a vencer a edição internacional foi a médica carioca Lúcia Petterle, 71, em 1971.