Zapping - Cristina Padiglione
Descrição de chapéu YouTube internet

Globoplay reduz desvantagem para a Netflix

Balanço de março da Kantar Ibope Media indica ainda aumento da fatia que cabe ao YouTube no consumo de vídeos

Cezar e Fred Nicácio no BBB 23, que impulsiona o consumo do GloboPlay - 10.abr.2023/Globoplay

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Pesquisa de março da Kantar Ibope Media indica que o GloboPlay reduziu sua distância para a Netflix, que segue líder entre as plataformas de VOD (Video On Demand) pagas no Brasil. A comparação, no caso, se dá entre os resultados do mês e a média total do ano de 2022.

No saldo do março, a empresa brasileira abocanhou 1% de todo o consumo de vídeo das residências, ante 4,3% da gringa. Ao longo de 2022, a Netflix teve 4,38%, enquanto o GloboPlay se contentou com 0,78%, considerando todos os aparelhos das casas mensuradas pela amostra da Kantar Ibope.

Quando os números consideram apenas a audiência de televisores --portanto sem celulares e tablets--, o GloboPlay fica com 0,9% e a Netflix, com 4,2% nos dados de março, lembrando que a televisão linear --aberta e paga-- leva mais vantagem nesse parâmetro do que no universo que computa todos os aparelhos, obtendo 86,1% do consumo nos lares brasileiros.

O crescimento do Globoplay em março em relação ao placar de 2022 pode ser explicado pelo fator BBB, que atrai mais gente para o streaming do grupo Globo nessa temporada em que o reality show está no ar e próximo do fim.

Embora o GloboPlay possa ser tratado, numericamente, como a Record do streaming pago, por ocupar a vice-liderança do segmento de VOD não compartilhável --condição que aparta o YouTube desse bolo-- é fundamental observar que seu consumo acontece de forma híbrida, somando telespectadores assinantes e, em sua maioria, não assinantes, condição que não se aplica à Netflix.

Isso faz da plataforma líder no segmento um fator que lhe confere importância ainda maior, com um percentual comparável ao de canais abertos.

Nesse bolo, o Prime Video vem em 3º lugar, com 0,5%, metade do público do GloboPlay, mas, de novo vale dizer, com uma plateia só de assinantes. Todos os demais serviços de streaming ficam isoladamente abaixo disso, somando 0,8%. É uma fatia que se distribui entre HBO Max, Disney, Star+, Paramount, Mube e outros.

YOUTUBE SÓ CRESCE

Enquanto o GloboPlay pedirá acompanhamento pós-BBB para verificarmos se o seu crescimento é real ou apenas fogo de palha vindo da audiência do reality show, o YouTube cresce com consistência e já ocupa 15% do consumo de vídeos das residências, considerando o uso de todos os aparelhos da casa.

Ao longo do ano passado, período de maior temperatura para a internet em função da campanha eleitoral e da Copa no Qatar, alvo de recordes pontuais, o portal de vídeos do Google teve 14,7% do bolo, ou seja, segue em ascensão, mesmo em temporada mais amena, como foi o mês de março.

O aumento do número de Smart TVs e TVs conectadas à internet, recurso já ao alcance de 59% da população, segundo dados da Kantar Ibope Media, tem peso essencial na aceleração do consumo das plataformas de streaming.

Confira abaixo os gráficos divulgados pelo instituto com os números mais recentes entre os balanços mensais.

Gráfico da Kantar Ibope Media sobre o consumo de vídeos residenciais em março de 2023, considerando todos os aparelhos de casa na amostra do instituto - Reprodução site Kantar Ibope Media
Gráfico disponibilizado pela Kantar Ibope Media em seu site com dados de consumo de vídeo por meio de televisores nas residências da amostra do instituto - Reprodução Site Kantar Ibope Media