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Zapping - Cristina Padiglione

Racismo estrutural e saúde mental da população preta é tema do Estação Livre

Programa traz reportagens sobre as formas de cuidado com o corpo e a mente

A antropóloga e psicanalista Jaque Conceição, a apresentadora Cris Guterres e o massoterapeuta Dimas Reis no Estação Livre - Larissa Marques/TV Cultura

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Paola Ferreira Rosa
Campinas

No Estação Livre desta sexta-feira, dia 1° de abril, Cris Guterres fala sobre como o racismo estrutural afeta a saúde mental da população preta em diferentes níveis. Essa forma de preconceito racial, institucionalizada, pode gerar males mentais e psicológicos, como a ansiedade e a depressão, podendo levar ao suicídio.

No estúdio, Cris conversa com o massoterapeuta Dimas Reis e a antropóloga e psicanalista Jaque Conceição. Segundo ela, a sociedade ainda falha em democratizar informações e acesso à saúde mental. "A compreensão que nós temos de saúde mental é muito reducionista, porque ela está relacionada a um público específico", diz.

Além de colocar em pauta o suicídio, um dos principais problemas de saúde mental, o programa mostra ainda práticas que podem contribuir para o bem-estar físico, mental e social, como a yoga kermética, a cura pela dança e a nutrição, e a medicina ancestral a base de ervas e chás.

Cris apresenta também espaços voltados ao atendimento psicológico por preços acessíveis, como é o caso do Instituto Afro Amparo. O Estação Livre vai ao ar nesta sexta, às 22h, na TV Cultura.

Isolamento: jovens que estão passando por um momento difícil tendem a se isolar. O mesmo ocorre com aqueles que enfrentam bullying. Ilustração: Estela May/

Mudanças de humor: agressividade, tristeza ou ansiedade que não passam durante um longo período são sinais de alerta. A agressividade aparece especialmente nos meninos. Ilustração: Estela May/

As chances de uma pessoa tentar se suicidar novamente após uma primeira tentativa são altas. Por isso os primeiros dias após o ocorrido demandam conversa com o jovem e atenção ao seu comportamento. Ilustração: Estela May/

Despedir-se de amigos e doar objetos importantes podem anteceder um suicídio. Deve-se observar o objetivo da ação. Doar pode ser sinal de renovação da vida, mas também de fechamento de um ciclo. Ilustração: Estela May/

Descuido com a aparência em jovens que sempre foram vaidosos ou negligências que envolvam a rotina básica de higiene são preocupantes. Em meninas, perfeccionismo e autocobrança são mais frequentes. Ilustração: Estela May/

O uso excessivo de drogas pode ser tanto um sinal de que a pessoa não está bem como um fator de risco. Quem está em sofrimento pode ficar mais sensível aos efeitos de substâncias que alterem a consciência. Ilustração: Estela May/

Sono e alimentação desregulados: é comum que adolescentes durmam e comam muito ou pouco, de acordo com a fase em que estão. É importante observar se há mudanças de outros hábitos. Ilustração: Estela May/

Pessimismo e desesperança: adolescentes que acreditam ser um peso na vida dos outros e falam muito em morrer precisam de ajuda. Com a internet, é importante observar também como o jovem tem se expressado nas redes sociais. Ilustração: Estela May/

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