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Márcio Garcia diz que se deu mal ao beijar Bolsonaro, mas não o critica

A Pedro Bial, apresentador explicou que só quis 'tirar um sarro'

Márcio Garcia e Pedro Bial no Conversa com Bial - Reprodução

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Um vídeo em que Márcio Garcia aparece beijando o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no rosto, e sobre o qual muita gente já se perguntou se seria montagem, foi explicado pelo próprio ator e apresentador em entrevista a Pedro Bial nesta sexta-feira (24), no Conversa com Bial, da Globo.

Aquela imagem, de 2018, é a origem de todos os dedos que apontam na direção de Garcia para acusá-lo de bolsonarista. O apresentador falou que a cena do beijo foi apenas a vontade de "tirar sarro daquela coisa de homofobia" de Bolsonaro, mas em nenhum momento negou ter votado nele —e nem Bial perguntou.

"Hoje, qual é a sua posição em relação ao atual governo?", quis saber Bial. "Eu sou aquele cara assim: eu sempre procuro ver o melhor de cada um, eu falo para os meus filhos: até a pessoa que é presa de fato, enjaulada, encarcerada, eu acho que todo mundo merece ser ouvido. Odeio julgar, que dirá condenar", começou Garcia.

"Tem uma história minha que muita gente deve ter visto, um beijo que eu dei no Bolsonaro: isso foi um evento. Fui fazer uma brincadeira com ele por causa da homofobia. Ele pediu uma foto e eu falei: 'Só se for beijando, mas não vai se apaixonar, que eu já sou casado'. Fui tirar um sarro com ele e eu me dei mal porque o que ficou registrado foi a cena do beijo."

O apresentador disse então que já se aproximou de outros políticos que já defendeu em algum momento, mas que o que fica dessa história é: "Eu não tenho político de estimação e jamais terei."

"Eu jamais vou defender seriamente alguém que eu tenha apoiado, porque a pessoa que mais merece cobrar dele sou eu, que dei o voto. Se eu dei o voto pra alguém, eu tenho que cobrá-lo."

Garcia, no entanto, nada cobrou de Bolsonaro, mas tampouco endossou suas atitudes, de modo que ficamos sem saber qual é a posição dele. "Já pensei em me mudar do Brasil, sim, e torço pra dar certo", avisou.

"Não sou de direita, mas também não sou de esquerda, e às vezes eu posso estar mais tendencioso para um lado." "Os dois lados têm o lado bom e o lado ruim. A gente tem que parar com a polarização e entender que todos queremos a mesma coisa: o bem do nosso país", finalizou.

Garcia falou ainda da final do The Voice Kids, que vai ao ar no domingo (26), pela Globo, de "Reação em Cadeia", filme que acaba de dirigir, e do pai, morto recentemente, em consequência de complicações trazidas pela Covid-19.